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Mariana e Paola, na volta da viagem a um parque aquático de Santa Catarina: despedida da turma da 8ª série | Antonio Costa/Gazeta do Povo
Mariana e Paola, na volta da viagem a um parque aquático de Santa Catarina: despedida da turma da 8ª série| Foto: Antonio Costa/Gazeta do Povo

Orientações

Alguns cuidados antes de aceitar a proposta da viagem de formatura devem ser tomados:

> Verifique se a viagem está sendo organizada pela própria escola ou por agência de excursão.

> Se for uma parceria entre a escola e agência procure visitar a empresa que vai oferecer o serviço.

> Busque informações sobre qual adulto ficará responsável pelas crianças ou adolescentes.

> Verifique a bagagem do adolescente. Não deixe que ele leve remédio ou pertence não autorizado pelo organizador da viagem.

> Converse com seu filho, explique as regras e faça combinados antes de aceitar a proposta da excursão. Outra conversa antes da viagem é necessária.

Dicas para os estudantes

> Converse com os seus pais antes da viagem. Mostre que você está maduro o suficiente para fazer uma excursão com a escola.

> Não leve nada além do permitido na bagagem. O barato é aproveitar a viagem, mas sem causar transtornos ao grupo.

> As regras estabelecidas entre o organizador (a escola) da viagem e os participantes devem ser cumpridas.

> Lembre-se de que você estará em grupo. Respeite o espaço de seu colega e cuide de seus pertences.

> Se encontrar dificuldades, procure um dos adultos responsáveis pelo grupo.

Férias e estudo em outro país

Para muitos estudantes, o momento mais esperado do ano estará na viagem de férias. O Centro de Línguas Positivo promove uma espécie de mini-intercâmbio, voltado para estudantes matriculados a partir da 7ª série do ensino fundamental. Neste ano o destino é a cidade de Queenstown, na Nova Zelândia.

Leia a matéria completa

  • Aline com os amigos do 3º ano, em Florianópolis:

Ao se aproximar o período de férias escolares, chega também a época das viagens de formatura. Para a garotada, esses dias são esperados com ansiedade o ano todo. Para os pais, a sensação é de preocupação com algo não dar certo durante o passeio. Além de diversão e confraternização, a viagem com a turma da escola também significa a possibilidade de crianças e adolescentes treinarem autonomia, independência e convivência.

As viagens de formatura geralmente ocorrem no fim de cada um dos ciclos escolares, na 4.ª e 8.ª séries do ensino fundamental ou no ensino médio. A preocupação por parte das famílias é natural, conforme ressalta a orientadora do ensino fundamental do Colégio Positivo, Noely Rocha Raymundo. "Para muitos alunos será a primeira viagem que farão sozinhos, longe das famílias", afirma.

Não foi o caso das amigas Paola Pimentel, 13 anos, e Ma­­riana Maranha, 14 anos, que carregaram na bagagem outras experiências feitas em anos anteriores. Para marcar a formatura da 8.ª série, as duas participaram na semana passada de uma viagem para um parque aquático no município de Gaspar, em Santa Catarina. Na opinião delas, os três dias de passeio serviram para fortalecer os laços de amizade e confiança entre os colegas de turma. Foi também uma das últimas oportunidades de encontrar todo o grupo junto. "Ainda não decidi o que vou fazer no ensino médio, gostaria de acompanhar pelo menos alguns amigos", diz Paola.

Paola e Mariana participaram de uma viagem das turmas da 8.ª série do ensino fundamental da Escola Atuação, que reuniu 44 estudantes no grupo. De acordo com a diretora, Ester Cristina Pereira, há 15 anos a escola programa viagens no fim de cada período letivo, desde o 1.º ano do ensino fundamental. "Vamos treinando aos poucos a autonomia deles. As viagens no começo são mais próximas e duram pouco tempo", afirma.

A estudante Aline Katzinsky, 18 anos, diz que a experiência da primeira viagem que fez com a turma da 8.ª série do Colégio Novo Ateneu auxiliou para a excursão de formatura do 3.º ano do ensino médio, feita em outubro deste ano, a Florianópolis. "A grande diferença foi o grau de maturidade do grupo. O tempo estava ruim e nem assim deixamos de aproveitar", afirma. Para Rafaeli Windcart, 14 anos, estudante da 8.ª série do Colégio Positivo, a viagem de formatura ocorreu em setembro, no município de Governador Celso Ramos, em Santa Catarina, e nem um pe­­queno acidente tirou o encanto do evento. Durante um rafting, um bote de seus colegas virou e todos, apesar de assustados, colaboraram para ajudar os que haviam caído. "O trabalho foi em equipe. Depois nos divertimos e acabamos dando alguns mergulhos no lago. Nunca mais vou esquecer desta viagem. Foi marcante mesmo", diz.

Responsabilidade mútua

A excursão de formatura é mesmo algo para ficar na memória de crianças e adolescentes. Mas para que as lembranças sejam agradáveis é preciso alguns cuidados.

Boa parte das escolas opta por acompanhar a organização da viagem nas empresas promotoras. Outras instituições de ensino preferem não se envolver nesse tipo de confraternização. Foi o caso da direção do Colégio Estadual do Paraná, que em novembro do ano passado não havia sido informada de uma viagem feita por alunos de uma turma do 3.º ano do ensino médio a um parque aquático localizado no município de Gaspar, em Santa Catarina. Com as chuvas que afetaram a região, os alunos chegaram a ficar ilhados e tiveram de ser resgatados pela Defesa Civil.

Na opinião da diretora do Colégio Novo Ateneu, Vera Julião, a escola é corresponsável pelos alunos, mesmo que não seja a promotora da viagem. "É importante os pais irem até o colégio, conversarem com a direção e também conhecerem a agência que está promovendo a viagem", afirma.

Já na visão de Noely, do Colégio Positivo, é importante que os pais saibam e conheçam quem estará acompanhando seus filhos. O Positivo optou em organizar as viagens há oito anos; antes, as próprias famílias se encarregavam dos preparativos. "Tem um caráter pedagógico. Os alunos são acompanhados pelos professores, que po­­dem explicar os fundamentos de Física, por exemplo, durante um rafting", comenta.

A preocupação familiar é natural, na opinião de Ester Cristina, que garante não ter ocorrido mais que um joelho arranhado ou febre entre os acidentes. "Sempre temos mães que querem acompanhar. Mas não dá. Tira todo o objetivo da atividade. Ela não será bem-vinda pelo grupo. É preciso dar este voto de confiança para o filho. Ele é resultado daquilo que plantamos durante todos os anos", afirma.

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