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Alunos do curso de Rádio e Tv são os que tiveram pior colocação na pesquisa. Foto: Unsplash.
Alunos do curso de Rádio e Tv são os que tiveram pior colocação na pesquisa. Foto: Unsplash.| Foto:

O resultado de uma pesquisa recente feita pelo Nube (Núcleo Brasileiro de Estágios) chama a atenção: alunos do curso de Engenharia de Produção cometem menos erros de português do que estudantes de Letras.

Leia também: Os piores alunos do ensino médio estão se tornando professores. E isso é preocupante

Mais de 9 mil acadêmicos participaram do teste - era preciso completar uma sentença com 30 palavras consideradas 'do cotidiano'. Desses, 50,3% ficaram abaixo do nível tolerado, cometendo mais de sete deslizes na ortografia. Em última colocação, estão os alunos de Rádio e TV. Cerca de 74% desses acadêmicos foram reprovados no teste.

Preocupante

De acordo com a Nube, "estudantes do ensino médio técnico e regular tiveram os níveis mais altos de erros, com 55,9% e 52,9% de reprovação, respectivamente. Os melhores índices, por outro lado, ficaram com quem já cursa uma pós-graduação, com somente 16,7% eliminados".

Outro fato preocupante é que, em comparação com o mesmo estudo feito pelo núcleo em 2017, o número de resultados negativos aumentou. Alunos do ensino médio, técnico, graduação e pós-graduação participaram da pesquisa.

Na sequência dos piores resultados, após o grupo de Rádio e TV, ainda aparecem: 62,5% dos estudantes de Biomedicina não passaram na avaliação; dos de Administração, 57%; Direito, 54% e 50,4% dos alunos de Publicidade foram reprovados.

Domínio é essencial

Recrutadora do Nube, Helenice Resende afirma que "o domínio das habilidades linguísticas é cada vez mais essencial para conseguir uma vaga no mercado".

"O domínio do português é exigido para todos os cargos. Mesmo em ambientes onde a comunicação é pouco utilizada, clareza, coesão, objetividade e coerência são essenciais”, reforça.

Aos candidatos e, inclusive, próprios alunos que já estão na academia, a recrutadora orienta a "leitura de livros, revistas e jornais com frequência", deixando de lado o "acesso exagerado a conteúdos informais, como os das redes sociais, pois podem confundir o leitor".

Segundo Helenice, "também é válido desativar o corretor ortográfico automático, comum nos smartphones e procurar cursos, aplicativos ou jogos voltados ao aprimoramento das suas capacidades linguísticas".

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