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Em casa

Os pais podem colaborar para que a sociabilidade dos filhos não traga prejuízos ao desempenho em sala:

- Passe para os filhos que, além de um direito, frequentar a escola é um privilégio e que a oportunidade de estudar precisa ser bem aproveitada.

- Estimule-os para que cumpram com suas obrigações escolares.

- Dê bons exemplos de si mesmo e de outras pessoas da família, como avós e tios.

- Oriente-os desde pequenos a respeitarem os professores e funcionários da escola.

Fonte: Maria Elizabeth Nickel Haro, psicóloga educacional, presidente da Comissão de Educação e Comunicação do Conselho Regional de Psicologia do Paraná e orientadora educacional da Escola Lumen.

Pouco ou muito entrosamento em sala de aula influenciam de forma negativa no desempenho escolar do aluno. No caso dos estudantes mais introvertidos, a interferência é mais agressiva e pode ir além das notas baixas, podendo chegar ao consultório médico. O problema em se enturmar ou não ocorre, geralmente, quando há mudança de escola ou um novo ensalamento de turmas de um ano para o outro, normalmente a partir da 5.ª série. Um ambiente novo, por vezes, intimida e a criança se isola, segundo a psicóloga educacional Maria Elizabeth Nickel Haro, presidente da Comissão de Educação e Comunicação do Conselho Regional de Psicologia do Paraná e orientadora educacional da Escola Lumen. Esses alunos têm problemas de autoestima e concentração, ficam mais abatidos e tristonhos. "Às vezes eles são cheios de ideias, mas não põem para fora, por insegurança. Não expõem suas dúvidas e não sabem como se comportar nos trabalhos em equipe". Se o aluno tiver tendência para depressão, segundo a psicóloga, pode desenvolver a doença.

De acordo com a psicóloga clínica Maria Eliane Lutfi, as escolas estão preparadas para perceber tais problemas e fazem um trabalho de prevenção. "Observadas as dificuldades, a instituição procura ajudar o aluno a se adequar, por meio da integração em dinâmicas de grupo em sala, de um atendimento mais direcionado e de orientações aos pais, pois, às vezes, é necessária uma psicoterapia."

Por outro lado, certos estudantes, extremamente enturmados e muito populares, continuam a socialização durante a aula como se fosse recreio. "O ideal é que interajam, mas que tenham consciência de que há ambientes e horários adequados para isso", diz Maria Elizabeth. Quando o aluno é muito agitado, não só ele mas toda a turma é prejudicada e o resultado do mau desempenho aparece no boletim, como afirma a psicóloga Maria Eliane. "Eles agem muito pela emoção e não pela razão. Ensinar esse limite os ajudará a crescer e a se adequar."

Pais e escola

As mudanças geram insegurança em quaisquer fases da vida, por termos de abandonar um ambiente conhecido. Quanto mais se fortalecem os vínculos entre os colegas, maior é o medo da separação. Segundo Maria Elizabeth, a criança deve ser preparada pelos pais para a mudança, assegurada de que dará conta. "As escolas, por sua vez, devem trabalhar as turmas que já estão estruturadas para que os alunos façam uma boa recepção dos novos amigos. Se for bem conversado, com certeza eles receberão bem. Em muitos casos, em dois ou três dias o aluno está adaptado."

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