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Em comparação com paí­ses que obtêm bons resultados na educação, o Brasil comete um grave erro ao ser pouco claro na definição do currículo da educação básica. Essa é uma das conclusões do estudo comparativo da professora Paula Louzano. Acompanhe:

O que distingue o currículo brasileiro em relação a outros países?

É o grau de especificação pelo governo do que deve ser ensinado em comparação com o que é definido pelo professor ou pelas escolas. No âmbito internacional, os países que outorgam maior autonomia a seus professores e escolas são Finlândia e Nova Zelândia. E estes países especificam muito mais o que deve ser ensinado em sala de aula em seus documentos nacionais do que nós fazemos.

Na Finlândia, professores e escolas têm alto grau de autonomia. Por que lá dá certo e aqui não?

Sim, é fato que a Finlândia é o país que outorga maior autonomia a seus professores e escolas. No entanto, se nos atemos à legislação vigente, há no geral mais autonomia curricular no Brasil que na Finlândia. Nossas diretrizes curriculares nacionais não definem o que deve ser ensinado com o nível de especificação do currículo nacional finlandês.

Seria adaptável ao Brasil o modelo de outros países?

Não acredito no modelo de controle total do trabalho docente nem que ele caiba no nosso país. Isto não quer dizer que o que temos seja suficiente. Devemos nos aproximar do modelo de países como Finlândia e Austrália, onde há uma especificação nacional sobre o que ensinar, mas que é flexível e deixa espaço para a diversidade de métodos e caminhos.

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