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Camila Yumi exibe o portfólio em inglês, resultado do período que passou como estudante universitária nos Estados Unidos | Antônio More/Gazeta do Povo
Camila Yumi exibe o portfólio em inglês, resultado do período que passou como estudante universitária nos Estados Unidos| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

Sistema de ensino norte-americano tem várias diferenças em relação ao do Brasil

Quem opta por fazer parte ou a totalidade de seu curso de graduação nos Estados Unidos deve prestar atenção às diferenças entre os sistemas de ensino brasileiro e norte-americano. Nos EUA, o estudante ingressa na instituição, não no curso, e conta com um período de experimentação, no qual pode se matricular em disciplinas de diferentes cursos, de praticamente qualquer área.

Ao longo do curso o estudante afunila suas escolhas e geralmente se forma com um diploma principal (Master) e outro secundário (Minor), além de receber o título de bacharel.

Títulos profissionais como o de psicólogo, dentista e médico só podem ser obtidos cursando uma pós-graduação. O mesmo vale para a área de Direito. Nesse caso, entretanto, como o sistema jurídico norte-americano é diferente do brasileiro, o mais indicado aos estudantes brasileiros seria buscar uma especialização, e não uma graduação.

Já os títulos em Administração e Engenharia, por exemplo, podem ser obtidos já na graduação. Informações detalhadas sobre cada área podem ser obtidas por estudantes brasileiros nos escritórios Education USA.

Quer estudar nos EUA? Fique atento às dicas para buscar o melhor curso e aproveitar a experiência

Acesse o site das universidades norte-americanas nas quais gostaria de estudar e procure conversar com quem já esteve por lá. Há diversas comunidades virtuais de brasileiros que estudam nos EUA;

Entre em contato com um escritório do Education USA. Em Curitiba há um na FAE e outro na escola de idiomas Inter Americano, no bairro Cabral;

Procure pelo departamento de relações internacionais da sua universidade. Além do Ciência Sem Fronteiras , que não tem custo para o aluno, as instituições costumam firmar acordos próprios com outras universidades do exterior, o que pode reduzir o custo do intercâmbio em até um terço do valor.

Como numa cena de filme hollywoodiano, a brasileira Camila Yumi Iwamura ouviu que "se você não fizer parte de uma fraternidade não vai ter amigos, não vai ser ninguém" assim que chegou à Augustana College, em Illinois. Ela é uma das 21.911 contempladas do Ciências Sem Fronteiras que escolheram os Estados Unidos (EUA) como destino. O programa é um dos principais responsáveis pelo aumento no número de intercambistas que transformaram o Brasil no 10.º maior exportador de alunos para universidades norte-americanas. Em 2014, o número de brasileiros que foram estudar no país subiu 22% em relação ao ano anterior, mostra o relatório Open Doors, divulgado pela Missão Diplomática dos EUA no Brasil, em novembro.

O documento diz que os EUA receberam 886 mil estudantes estrangeiros neste ano, 66 mil a mais a mais do que em 2013. Ao todo, 13,2 mil brasileiros estudam no país.

Para atrair talentos e ampliar o acesso de estrangeiros à cultura norte-americana, o governo dos EUA mantém escritórios em todo o mundo que orientam gratuitamente o estudante interessado em fazer um curso universitário no país. "É estratégico para a diplomacia deles, porque você conhece o país e volta defendendo-o. Além disso, estes alunos consomem, vão ao teatro e fazem a economia girar", explica a professora Areta Galat, orientadora do Education USA, um dos escritórios oficiais vinculados ao governo norte-americano, e que funciona dentro da FAE Centro Universitário.

Experiências

Quando Camila chegou ao final do intercâmbio, a estudante teve uma oportunidade dos sonhos: um estágio em Nova York. Chegando lá descobriu que a empresa não tinha escritório, era home office, e o seu apartamento não tinha internet. Optou então em pleitear um trabalho na antiga universidade, fazendo sites para empresas locais. Como resultado ela trouxe na bagagem dois portfólios impressos, e a experiência de ter vivido um típico trabalho de verão nos EUA.

Já Marcel Jagnow, aluno de Engenharia Florestal da UFPR, e que está nos EUA para estudar, destaca que sentiu as diferenças culturais quando chegou à Northern Arizona University, na costa oeste norte-americana. Acolhido por outros estudantes internacionais, ele teve de se acostumar com o excesso de fast food e outras situações inusitadas, como a arquitetura dos banheiros. "As divisórias começam quase no joelho e as vezes é complicado, você sente que todo mundo pode ver muita coisa", brinca.

Do outro lado do país, na University of Georgia, em Atlanta, João Osvani, colega de Marcel na UFPR, conta que a acolhida foi tranquila e o clima não é muito diferente do curitibano. Mas também reclama da alimentação. "Não é normal comer bacon logo cedo", diz.

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