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Inclusão

Conheça os três cursos preparatórios solidários de Curitiba que correm o risco de fechar por falta de espaço para funcionamento:

Formação Solidária

Existe desde 2002 e funcionava em salas de aulas do Colégio Bagozzi. Só neste ano foram aprovados 42 candidatos para a segunda fase da UFPR. Atende 150 estudantes a cada ano. Contato: www.formacaosolidaria.org.br ou (41) 3234-2363.

Em Ação

Funciona desde o ano 2000 nas instalações do Centro Politécnico da UFPR. Atende 300 estudantes carentes por ano. Só em 2009 aprovou 200 de seus alunos para a segunda fase da UFPR. Contato: www.emacao.org.br ou (41) 3023-4702.

Acnap – Associação Cultural de Negritude e Ação Popular

Funciona desde 2002. Curso voltado para estudantes afrodescendentes. Cobra ajuda de custo de R$ 350 para oito meses de aulas e atende 200 vestibulandos por ano. Contato: (41) 3349-6710.

Três cursos pré-vestibulares voltados para estudantes de baixa renda em Curitiba correm o risco de fechar as portas por falta de espaço para funcionar. Ao todo, 650 estudantes são atendidos por ano nos cursos oferecidos pelas organizações não governamentais (ONGs) Formação Solidária, Em Ação e Associação Cultural de Negritude e Ação Popular (Acnap). Os convênios de cessão de salas de aula com a Univer­sidade Federal do Paraná (UFPR) e o Colégio Padre João Bagozzi não serão renovados.

Sem curso preparatório gratuito, dificilmente o técnico em Contabilidade Reginaldo da Silva Martins, 32 anos, teria conseguido sua aprovação para a segunda fase do vestibular da UFPR deste ano. Aluno do curso oferecido pela Formação Solidária há dois anos, Martins já havia tentado vestibular em outras ocasiões, mas não obteve sucesso. "É uma pena que não tenham espaço para continuar. Se não tivesse feito cursinho não teria condições de passar num vestibular", diz.

Sem alternativas

É justamente a Formação So­­lidária que enfrenta a situação mais crítica para continuar a funcionar, pois é a única entre as três que ainda não tem alternativas de negociação com outras instituições. Segundo o coordenador, Elias Bonfim, desde a metade de 2009 o colégio Bagozzi já havia sinalizado que não tinha intenção de manter o convênio, que expirou com o fim do ano letivo. "Precisamos iniciar novas turmas até o fim de fevereiro para dar conta de trabalhar todos os conteúdos com os alunos. Mas ainda não temos um local definido para atendimento", diz. O curso funcionava de segunda a sexta-feira à noite e no sábado pela manhã, e usava duas salas de aula. Os 27 professores são voluntários.

Situação semelhante passa a ONG Em Ação, que oferece cursos preparatórios ao vestibular e Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para 300 estudantes carentes a cada ano. Existe desde o ano 2000, a partir da iniciativa de um grupo de alunos da UFPR. O coordenador Mar­celo Guilherme afirma que o convênio para a cessão de salas de aula usadas no câmpus do Centro Politécnico vence neste ano. "Não há interesse da nova gestão para renovação. Estamos buscando algumas alternativas, mas ainda não temos nada certo", diz. So­­mente no vestibular da UFPR desde ano, dois terços dos alunos atendidos pela ONG foram aprovados para a segunda fase.

Afrodescendentes

A Acnap também mantém convênio com a UFPR para uso de salas de segunda a sexta-feira. Aos sábados, as aulas ocorrem no Instituto Wilson Pickler. O curso funciona desde 2002 e é voltado para estudantes afrodescendentes de baixa renda. Não é totalmente gratuito, pois cobra uma ajuda de custo para o material didático. "Tenho certeza de que não vamos deixar de funcionar e atender por falta de espaço", diz Vera Paixão.

A direção do Colégio Bagozzi informou que tem outros projetos pedagógicos para 2010, que não incluem a parceria com a Formação Solidária. A UFPR foi procurada por meio de sua as­­sessoria de imprensa, mas não retornou até o fechamento desta edição.

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