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Além dos consagrados cursos de graduação, existe uma outra maneira não tão conhecida de ingressar no ensino superior: o curso seqüencial. Esse tipo de ensino tem como objetivo a obtenção ou atualização de qualificações técnicas, profissionais ou acadêmicas. Com duração entre dois a três anos, o curso seqüencial é destinado a quem não quer ou não precisa fazer um curso completo de graduação.

Existem dois tipos de cursos seqüenciais: de formação específica e de complementação de estudos. A primeira modalidade requer autorização e reconhecimento do Ministério da Educação (MEC). A instituição que deseja oferecê-los deve ter curso de graduação reconhecido no MEC, na área do conhecimento a que se vincula o curso seqüencial. A carga horária deve ser igual ou maior a 1.600 horas, e o curso deve ocorrer em prazo não inferior a 400 dias letivos.

Os cursos seqüenciais de complementação de estudos não estão sujeitos a autorização e nem a reconhecimento pelo MEC, mas também devem estar vinculados a um curso de graduação reconhecido e que inclua disciplinas afins àquelas que comporão o programa do curso seqüencial. A proposta curricular, a carga horária e a duração do curso são estabelecidos pela própria instituição.

Para ingressar em ambas as modalidades é necessário ter concluído o ensino médio. A coordenadora geral dos cursos seqüenciais da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), a professora Raquel Virmond Vechia, explica que a seleção é feita por análise de currículo. "É dada preferência aos candidatos que já estão trabalhando na área", revela. A professora conta que os cursos seqüenciais surgiram em 1996, com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, com o objetivo de capacitar profissionais. "Os cursos atendem a uma demanda específica. Aqui na Unicentro, por exemplo, foi criado o curso seqüencial de Gestão Imobiliária direcionado aos corretores de imóveis", conta Vechia.

A coordenadora conta também que um dos objetivos dos cursos seqüenciais é democratizar o acesso ao ensino superior, lembrando como é difícil para muitas pessoas o ingresso em uma universidade. "Os cursos têm uma grande procura e são bem concorridos. Para o curso de Gestão de Micros e Pequenas Empresas, mais de 100 pessoas disputaram as 50 vagas oferecidas", diz. Os seqüenciais podem também servir como uma complementação de um curso de graduação.

Comparação

Os cursos seqüenciais de formação específica fornecem diploma de nível superior, enquanto os cursos de complementação de estudos resultam em um certificado. Comparando-se com os cursos de graduação, percebe-se que eles não têm uma formação tão geral, mas podem servir como ponte. Se as disciplinas forem semelhantes às de um curso de graduação, elas podem ser aproveitadas, o que diminui a duração do tempo de estudo. O curso Gestão Operacional Empresarial da Unicentro, para se ter uma idéia, tem disciplinas como "Redação Empresarial", "Fluxo de Caixa e Controle de Contas", "Controle de Qualidade no Atendimento ao Cliente", "Técnicas de Vendas" e "Logística", esta última presente em currículos de cursos de Administração de Empresas.

Outra diferença é que os diplomados em cursos seqüenciais de formação específica não podem fazer cursos de mestrado ou doutorado, mas são permitidos a estudar pós-graduações lato sensu - as especializações. A exigência nesse caso é ter um diploma de nível superior. Quanto à possibilidade de realização de concursos públicos, a exigência é definida pelo edital de cada um. Se for pedido nível superior de ensino, quem fez curso seqüencial pode participar sem problemas.

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