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A crase poderá sumir da Língua Portuguesa, caso o Projeto de Lei 5154, do deputado João Herrmann Neto (PDT-SP), seja aprovado pela Câmara. O assunto está no portal da Câmara dos Deputados (www.camara.gov.br) desta terça-feira (14).

Segundo o deputado, a crase complica a língua portuguesa e só serve para "humilhar muita gente". Crase é a fusão (ou contração) de duas vogais idênticas em uma só. A maior parte da população brasileira, segundo Herrmann, ignora a ocorrência da crase na maioria das expressões em que ela aparece. "As ambigüidades podem ser desfeitas com o estudo e a análise do texto, sem levar em consideração esse sinal obsoleto que o povo já fez morrer", defende.

O projeto foi encaminhado às comissões de Educação e Cultura; e Constituição e Justiça e de Cidadania. Caso seja aprovado, pode ir diretamente à análise do Senado, sem passar por votações em plenário, por ter caráter conclusivo, ou seja, não precisa ser votado pelo Plenário para que seja considerado aprovado pela Câmara, mas apenas aprovado pelas comissões designadas para analisá-lo. Para o deputado, a eliminação do sinal também poderá contribuir para economizar tempo no ensino da Língua Portuguesa. Segundo ele, esse é o erro mais comum, em qualquer tipo de "texto, placa, letreiro ou anúncio", e o que mais precisa ser repetidamente corrigido por professores desde o ensino fundamental. "O acento não faz falta nenhuma. Simplesmente deixará de ser escrito", explicou.

As editoras de livros e periódicos terão um prazo de três anos para adaptar suas publicações ao cumprimento da medida. Pelo texto, onde hoje escreve-se "à", será escrito apenas "a".

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