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Os irmãos João Pedro, de 9 anos, e Francisco, de 5, ficarão na loja de armarinhos da mãe durante o recesso, onde podem fazer trabalhos artísticos | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Os irmãos João Pedro, de 9 anos, e Francisco, de 5, ficarão na loja de armarinhos da mãe durante o recesso, onde podem fazer trabalhos artísticos| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Para fazer nas férias

A psicóloga e professora de pós-graduação de Educação da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Lídia Weber sugere uma série de atividades que você podem ser feitas nas férias. Confira:

- Combine com as mães dos amigos do seu filho e faça uma reunião cada dia na casa de um.

- Leve a criança ao cinema.

- Faça uma sessão de filme em casa, com pipoca.

- Faça receitas fáceis, como brigadeiro de panela, na companhia da criança. Mas nunca a deixe sozinha na cozinha.

- Dê um caderno e peça que conte a história da sua vida.

- Chame os primos para uma tarde de jogos.

- Peça que a criança crie – e depois execute com a sua ajuda – um cardápio para o jantar.

- Peça que a criança faça uma organização no armário e reencontre brinquedos esquecidos.

- Leve seu filho ao shopping. Nesta época existem várias atividades voltadas ao público infantil.

- Deixe o pequeno um dia na casa das avós para serem paparicados.

- Para as meninas: chame as amigas dela para uma tarde de desfile de moda em casa.

Com quem deixar?

Se para as crianças as férias servem para relaxar, para os pais que trabalham podem significar uma preocupação: onde deixar os pimpolhos? Além da opção adotada por Bianca Lamego, que leva os dois filhos para a sua empresa, há outras alternativas. Entre as mais comuns estão apelar para a ajuda de um parente – na maioria das vezes para os avós – ou colocá-los em uma colônia de férias.

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  • Amanda, de 9 anos, está contando os dias para o início da colônia de férias

O mês de julho está chegando e, com ele, as férias escolares. Para os pais nem sempre é fácil entreter a garotada que ficará pelo menos 15 dias fora da sala de aula. Independentemente de onde as crianças ficarão e do que farão, a palavra de ordem é descansar. Nada de colocar a criançada para estudar ou recuperar conteúdo, ou até mesmo em aulas particulares ou cursos intensivos. Segundo especialistas, para o bom aproveitamento pedagógico do segundo semestre é fundamental repor as energias e praticar atividades de lazer que fujam da rotina.Educadores e psicólogos compartilham duas orientações básicas sobre o que toda criança deve fazer no período de férias: conhecer novas brincadeiras e ficar perto da família. No primeiro caso, é importante que a pessoa que for tomar conta dela proponha atividades diferentes, além daquilo que ela conhece "Há muitas coisas que podem ser feitas em casa. É preciso lembrar também que uma certa bagunça deve ser tolerada, para que ela fique mais à vontade e libere a criatividade", sugere a psicóloga e professora de pós-graduação de Educação da Univer­sidade Federal do Paraná (UFPR) Lídia Weber.

Embora o estudo seja desaconselhado, as brincadeiras podem – e devem – estimular que a criança coloque em prática conteúdos escolares, como a leitura e informações históricas, mas sempre de forma lúdica. Algumas opções são visitas a livrarias, gibitecas, sebos e locais que tenham contadores de história. Tirar alguns dias para levar o filho a esses lugares não só ajuda a reforçar o hábito de ler como sedimenta conhecimentos de português, como ortografia e gramática.

Museus e monumentos históricos são boas opções de passeio, seja em um local onde a criança esteja passando as férias ou na própria cidade em que mora. A intenção é unir a diversão ao conhecimento, para que perceba que o que aprende na escola pode ir além da sala de aula. "Muitos pais viajam e se esquecem de explicar aos filhos onde estão e o significado do que estão vendo. A criança volta para a escola e nem sabe contar aos coleguinhas onde esteve. Isso é péssimo, pois a família perde uma grande chance de proporcionar uma forma leve e gostosa de aprendizado", explica a gestora do ensino fundamental do Colégio Positivo, Maria Fernanda Suss.

Ela afirma ainda que é interessante estimular os alunos a fazerem anotações, independentemente da atividade. Na escola em que trabalha as crianças recebem um diário de férias e, quando voltam, têm de mostrar aos professores e aos colegas. "É a forma que usamos para exercitar a escrita, mesmo que eles não percebam a atividade desta forma."

Fique por perto

Outro fator importante é a presença da família. A orientação é que os pais fiquem mais perto da criança de alguma forma. "Dar mais atenção do que o normal é o ideal, pois é isso que a criança espera, que eles participem das suas férias. Então, se pai e mãe trabalham durante a semana, quando estiverem com ela que façam algo fora da rotina, para que exista aquela sensação de férias", orienta a coordenadora da educação infantil e do ensino fundamental I do Colégio Bom Jesus, Isabel Cristina Marcocin.

A empresária Bianca Lamego segue a orientação. Ela tem uma loja de armarinhos e férias nesta época estão fora de seus planos. Para ficar mais perto dos filhos menores, João Pedro e Francisco, leva os dois para o trabalho. E quem pensa que lá eles ficam entediados está enga­nado."Especialmente em julho ofertamos oficinas de artesanato – como tricô, tear e pintura. Eles não só participam como também ajudam os outros alunos, pois sabem fazer muitas coisas. É o jeito que encontrei para não deixá-los apenas em casa."

É importante manter uma rotina

Apesar do clima de sossego, mesmo nas férias é fundamental manter uma rotina. Não é preciso seguir os mesmos horários do pe­ríodo de aulas, mas deixar a criança sem regras, fazendo e comendo tudo o que quiser e quando quiser, pode atrapalhar a volta às aulas.

A gestora do ensino fundamental do Colégio Positivo, Maria Fernanda Suss, sugere que os pais deem mais liberdade, como permitir que o filho acorde um pouco mais tarde, mas com limite. "Se a família não toma as rédeas, o filho sozinho não vai saber se controlar. Até para brincar e se divertir as crianças precisam de regras."

Portanto, nada de horas e horas em frente ao videogame, televisão e computador. O aconselhável é no máximo duas horas por dia, divididas entre as três atividades. As guloseimas também requerem controle. Elas podem fazer parte da diversão, mas, como em excesso fazem mal e provocam obesidade, nada de deixar os pacotes de bolachas e salgadinhos à vontade.

A rotina, porém, não deve servir apenas para controlar. Ela também é ótima aliada na hora de brincar. Como é muito comum as crianças ficarem entediadas, os pais podem sentar com elas à noite e montar um cronograma de brincadeiras. A sugestão é fazer uma lista com atividades que elas possam fazer sozinhas ou com amigos e parentes, desde assistir a um filme e anotar as partes de que mais gostou até montar um acampamento na sala de casa.

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