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Brasília - O novo contrato para operacionalização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) custará ao Ministério da Educação R$ 99,95 milhões. A dispensa de licitação para contratação em caráter emergencial do consórcio formado pelo Cespe, da Uni­ver­sidade de Brasília, e a Cesgranrio foi publicada ontem no Diário Oficial da União. Com isso, o custo da nova versão do Enem, que será realizado nos dias 5 e 6 de dezembro, já ultrapassa os R$ 130 milhões – sem levar em conta os R$ 35 milhões já pagos ao consórcio Connasel, apontado como responsável pelo vazamento da primeira prova. O ministério pretende reaver esse valor na Justiça assim que a auditoria que está sendo feita determinar as responsabilidades civis no vazamento.

O Cespe/UnB e a Cesgranrio serão responsáveis pela operacionalização do Enem. Expe­rientes em concursos e tendo organizado versões anteriores do Enem, as duas fundações cuidarão da aplicação da prova e do seu recolhimento para correção. Já a impressão, organização do material, embalagem e entrega nos Correios será feita pela gráfica RR Donnelley Moore, contratada há cerca de uma semana por R$ 31 milhões.

A licitação que selecionou o consórcio Connasel alcançou R$ 116 milhões, sendo R$ 30 milhões para a impressão e o restante para distribuição e aplicação do exame. A empresa foi a única candidata a participar da licitação e terminou aprovada, apesar de nunca ter feito processos seletivos com as dimensões do Enem.

O vazamento da prova terminou por ocorrer dentro da gráfica Plural, em São Paulo, em uma sala sem segurança criada pela empresa Cetro – uma das participantes do consórcio – para remontar os pacotes de provas que deveriam ser distribuídos na capital paulista. Cinco pessoas foram indiciadas pelo vazamento.

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