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Candidatos chegam para fazer o Enem em Curitiba | Antônio More/Gazeta do Povo
Candidatos chegam para fazer o Enem em Curitiba| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

O Ministério da Educação (MEC) divulgou nesta quarta-feira (28) o gabarito oficial das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2015, realizadas no último fim de semana. A informação está na página oficial da prova.

Os candidatos só terão acesso às notas individuais na primeira semana de janeiro, quando será lançado o edital com as vagas do Sistema de Seleção Unificada (Sisu).

De acordo com o ministério, as provas digitais serão disponibilizadas no site do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), órgão que organiza o exame, na próxima sexta-feira (30).

A edição deste ano teve 7,7 milhões de inscritos, com taxa de abstenção de 25,5% (o que corresponde a cerca de 1,9 milhão de pessoas).

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O índice é o menor desde 2009, quando o exame começou a ganhar força como meio de seleção para ingresso nas universidades públicas do país. O ministro Aloizio Mercadante (Educação) atribuiu o menor índice de ausência às regras para obter isenção nas taxas de inscrição, que exigem a participação dos estudantes, e à inclusão do Enem como critério de seleção em programas como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

“A motivação para o Enem vem crescendo ano a ano, pelas oportunidades que vem sendo dadas, como Prouni e Fies. Muitos que fazem o exame pretendem entrar em um novo curso ou na universidade pública”, afirma.

Além do menor índice de abstenções, o Enem também registrou um número menor de candidatos eliminados neste ano em relação a 2014, quando houve 1.519 afastamentos. Ao todo, 743 participantes foram eliminados por descumprirem as regras nos dois dias do exame -365 no sábado (24) e 378 no domingo (25).

O Enem se consolidou como principal porta de acesso às vagas públicas e privadas de ensino superior e ensino técnico pelo Sisu. A prova também pode ser utilizada para certificação de conclusão do ensino médio e é pré-requisito para programas como Ciência sem Fronteiras (bolsa para estudos no exterior), ProUni (bolsa federal para cursar escola privada) e Fies.

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Provas

Nos dois dias de exame, os estudantes responderam a 180 questões objetivas de ciências humanas e da natureza, matemática e linguagem, e a uma redação.

O exame provocou uma série de manifestações nas redes sociais, principalmente em torno de uma questão que citou a filósofa francesa feminista Simone de Beauvoir e do tema da redação : “A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira”.

A citação de Beauvoir estava na prova de sábado (24), que dizia: “Ninguém nasce mulher: torna-se mulher. Nenhum destino biológico, psíquico, econômico define a forma que a fêmea humana assume no seio da sociedade; é o conjunto da civilização que elabora esse produto intermediário entre o macho e o castrado que qualificam o feminino.”

Para os deputados Jair Bolsonaro (PP-RJ) e Marco Feliciano (PSC-SP), tratou-se de “doutrinação imposta pelo PT” e “investida sobre a formação intelectual dos jovens”.

No domingo (25) a discussão engrossou. “A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira” foi o tema da redação. As “hashtags” foram de “doutrinação feminista” e “feminazis”, a “chora machista” e “machistinhas do Enem”.

A presidente Dilma (PT) e o ministro Aloizio Mercadante (PT) se manifestaram. Ela, no Twitter: “A sociedade brasileira precisa combater a violência contra a mulher”, afirmou. Ele, ao vivo: “As pessoas podem divergir. Mas na educação tem que estar aberto a conhecer e refletir”, disse.

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