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O jornal é um recurso pedagógico que pode ir muito além da leitura. Na Escola Municipal Wenceslau Braz, em Curitiba, o impresso está aproximando comunidade e escola para que, juntas, pensem soluções para problemas sociais. Quem começou o movimento foi a professora de Ciências, Mariana de Oliveira Tozato. Ela inseriu a pesquisa e a leitura de notícias do jornal Gazeta do Povo nas aulas do 2º ano, graças ao patrocínio do Instituto HSBC Solidariedade. Essa primeira iniciativa empolgou os alunos, que começaram a propor soluções para a problemática do lixo nas cidades. "Percebi que quando levo a realidade do estudante para dentro da sala de aula, ele aprende melhor e se interessa mais", comenta Mariana. E foi com a leitura de notícias que a professora viu que poderia expandir os muros da escola.

Fortes chuvas

Entre maio e junho o Paraná foi afetado por um grande volume de chuvas, que deixou muitas cidades embaixo d´água. O bairro Boqueirão, onde está situada a escola, próximo ao Rio Belém, foi uma das regiões afetadas pelas enchentes. "Muitas famílias de alunos perderam tudo e o assunto tomou conta da escola. Era preciso tratar da realidade deles", diz Mariana. Foi aí que ela resolveu convidar os pais e familiares para um encontro na escola. "Precisávamos conversar sobre a situação da nossa comunidade e discutir soluções".

Leitura em conjunto

A professora organizou um grupo de pais e alunos para fazer a leitura e discutir notícias que traziam informações sobre as enchentes e a despoluição do Rio Belém. O passo seguinte foi uma observação real do que haviam lido, com uma pesquisa de campo ao rio, onde viram a situação do local após as chuvas.

Ver, sentir e agir

Mariana conta que depois da visita, o grupo relatou que era preciso envolver a comunidade para a conscientização quanto à preservação e redução do acúmulo de lixo no rio. Eles também levantaram propostas do que poderia ser feito para promover essa conscientização ambiental na comunidade. "Inclusive já começamos a delinear as atividades futuras, entre as quais um mutirão com alunos e familiares para a coleta de lixo nas margens do rio e plantio de mudas nativas".

Consciência em família

Tamara Cristina Ferreira, mãe do aluno Vinícius Miguel Luiz dos Anjos, relatou que a atividade só fez crescer a consciência ambiental em casa. "Meu filho agora sabe e entende porque não deve jogar lixo nas ruas e nos bueiros, e como é importante aumentar a irrigação para que não haja mais enchentes, já que essa é a uma realidade próxima de nós", comenta.

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