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Fachada do Colégio Santo Agostinho, no Rio de Janeiro. Foto: Divulgação.
Fachada do Colégio Santo Agostinho, no Rio de Janeiro. Foto: Divulgação.| Foto:

Professores de escolas particulares de elite no Rio de Janeiro – com mensalidades entre R$ 2,7 mil e R$ 7 mil – decidiram aderir à paralisação convocada por sindicatos nesta quarta-feira (15) contra a reforma da Previdência e o bloqueio de 5% no orçamento do Ministério da Educação, R$ 7,4 bilhões do orçamento anual da pasta previsto em R$ 149 bilhões.

Entre elas estão a Escola Parque, instituição construtivista, o Liceu Franco-Brasileiro e o Colégio Santo Agostinho, de perfil confessional católico.

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Em carta enviada aos diretores do Colégio Santo Agostinho, os professores avisaram que a paralisação dessa quarta-feira é motivada, principalmente, pela possibilidade de aprovação da reforma da Previdência e que estariam acatando “decisão da assembleia do sindicato da categoria, o Sinpro-Rio”.

Os pais, indignados, manifestaram por meio de carta ao Santo Agostinho que esperam uma posição firme do colégio proibindo que as aulas sejam canceladas. E lamentaram o fato de os professores da instituição estarem submissos ao sindicato, “dominado pela ideologia marxista”, contrária ao Cristianismo.

“Na nota", afirmam os pais, "os docentes especificam que a proposta de reforma da Previdência representa uma ameaça aos alunos e a toda a sociedade. Ora, é trabalho de matemática simples verificar que o sistema atual de Previdência irá quebrar o país em poucos anos se não for reformado e não há nada de errado ou imoral na proposta do governo. É mais que evidente para quem acompanha as notícias que por trás deste discurso improvável se esconde o temor de que os benefícios da reforma para a sociedade terminem por garantir a reeleição do atual presidente. Portanto a decisão do corpo docente não se escora em preocupação alguma mas sim em interesses políticos dos grupos que dominam o sindicato dos professores” (leia aqui a carta completa).

Outros estados

Professores de colégios de outros estados também decidiram parar. Em São Paulo, os Colégios Equipe, Gracinha, Waldorf Micael, Recreio e Politeia comunicaram os pais sobre a adesão ao protesto. No Colégio Oswald de Andrade, os alunos enviaram uma carta à direção e aos pais, informando que vão à manifestação. O colégio cancelou passeios e excursões que estavam marcados para esta quarta.

Em Salvador, professores do Colégio Antônio Vieira, da Rede Jesuíta de Educação Básica, também confirmaram que seguirão a decisão do sindicato da categoria.

Na maior parte desses colégios, não haverá atividades alternativas para os alunos.

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