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No Dom Bosco, onde João Gabriel estuda, alunos terão netbooks para fazer trabalhos e até levar para casa. O estudante diz se atrapalhar um pouco com o português por causa das abreviações que usa quando está no computador | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
No Dom Bosco, onde João Gabriel estuda, alunos terão netbooks para fazer trabalhos e até levar para casa. O estudante diz se atrapalhar um pouco com o português por causa das abreviações que usa quando está no computador| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

As instituições de ensino investem cada vez mais na tecnologia em sala de aula. A última aposta do setor é oferecer o netbook (computador portátil) para uso dos alunos durante a aula e até mesmo para que eles o levem para casa em trabalhos específicos. A partir de 2010, o colégio Dom Bosco vai oferecer um netbook para cada aluno que ingressar na 5.ª série do ensino fundamental e no 1.º ano do ensino médio. Se permanecerem na instituição até o fim do ensino médio, os estudantes ganham o equipamento. "O computador será para usar na escola. Em alguns momentos, com segurança, servirá para o estudante levar para casa", afirma a diretora-geral do Dom Bosco, Lucélia Secco.

Serão 1,3 mil netbooks disponíveis e o objetivo é universalizar o acesso para todos os alunos do colégio. "Primeiro vamos testar o projeto, as redes e a infraestrutura", diz Lucélia. O netbook já é utilizado no Dom Bosco, principalmente nas turmas de 5.ª série, para auxiliar nas aulas de Inglês.

Já no colégio Positivo, o objetivo não é dar o equipamento para o aluno no futuro, mas dispor da tecnologia mais avançada. O netbook é levado para casa em trabalhos específicos, segundo explica o diretor de informática do Positivo, Celso Hartmann. "A cada dia surge um equipamento novo e melhor. Não adianta oferecer um produto que vai estar ultrapassado quando ele sair da escola", diz.

Oferecer um computador a cada estudante também é um sonho antigo do governo federal. Desde 2007, o projeto Um Com­putador por Aluno tenta licitar notebooks a preços acessíveis para estudantes brasileiros. No projeto piloto, até 2010 o governo federal pretende distribuir 350 mil computadores portáteis para estudantes das escolas públicas das cidades de Piraí (RJ), São Paulo, Palmas (TO) e Porto Alegre. O maior entrave para viabilizar o projeto está no preço dos equipamentos. O preço fixado inicialmente pelo presidente Lula era de US$ 100, mas no primeiro lote de 5,5 mil computadores portáteis, entregue em agosto deste ano, o custo por aparelho foi de US$ 325.

Na rede municipal de Curitiba, somente 3 de 175 escolas municipais recebem pontos de acesso à internet sem fio em todas as salas de aula. A ideia, segundo explica a diretora do Departamento de Tecnologias e Difusão Educacional da Secretaria Municipal de Edu­cação, Maria Marilda Confortin Guiraud, é que cada sala de aula tenha pelo menos um ponto de acesso à internet sem fio. "Não adianta só dar o computador se não tivermos estrutura necessária para lidar com ele", diz.

Redes sociais

Outra aposta de grupos educacionais tem sido a adesão a redes sociais como o Twitter. No caso da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), uma campanha específica para o vestibular deste ano foi desenvolvida para circular não só no Twitter, mas também em um blog que concentra as informações para o vestibulando e vídeos do YouTube. De acordo com a diretora de Comu­nicação e Marketing da PUCPR, Maysa Simões, uma pesquisa entre jovens de 17 a 22 anos mostrou os canais mais utilizados na internet. "É só o começo. A educação tem a necessidade de se questionar frente a estas novas mídias. É outra vertente que pode impactar em sala de aula e deixar o dia a dia do estudante mais atrativo", diz. A Universidade Federal do Paraná é outra instituição que usa o Twitter.

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