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Formar professores indígenas para trabalhar nas escolas de educação básica nas aldeias Kaingang, Guarani M’Byá e Guarani Nandeva, no Paraná. Este é o principal desafio que Ministério da Educação (MEC) e a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) têm pela frente. O diagnóstico da realidade da educação escolar indígena no estado foi feito na semana passada, em Curitiba, pelo MEC, Seduc-PR, Fundação Nacional do Índio (Funai) e lideranças indígenas.

No Paraná, dos 136 professores das 27 escolas das aldeias, 67 são indígenas. Quando o professor não é indígena, a escola usa monitores bilíngües para traduzir os conteúdos das disciplinas – até a 4.ª série do ensino fundamental é obrigatória a educação em língua materna. O uso de tradutores é criticado pelas lideranças indígenas, que querem seus professores no centro da sala.

A Seduc-PR deve implantar, com apoio do MEC, uma nova política de formação de recursos humanos para a educação escolar indígena e o MEC vai apoiar a edição de materiais didáticos específicos de autoria indígena para uso nas escolas do estado. Ao MEC caberá também coordenar a proposta de implantação de um curso de formação para professores Kaingang no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Os professores do povo Guarani, que não têm formação completa em nível médio, vão se integrar ao curso de formação guarani desenvolvido por Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Espírito Santo. O MEC e a Funai vai desenvolver oficinas de formação em políticas públicas para os professores indígenas e a Seduc-PR vai criar o Conselho de Educação Escolar Indígena. O objetivo é qualificar professores indígenas para assumirem as escolas.

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