Ideb sobe e país pode alcançar meta em 2016

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Brasília - A melhora nos resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) já permite pensar em cumprir uma importante meta da educação brasileira com cinco anos de antecedência. Os números melhoraram nas três etapas de ensino avaliadas, embora no ensino médio o avanço seja um pouco mais lento.

O governo federal começou a coletar os dados para o Ideb em 2005. A meta é atingir, até o ano de 2021, a média 6 – considerada semelhante ao desempenho obtido por países ricos que compõem a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Os dados nacionais do Ideb 2009 foram divulgados ontem, em entrevista coletiva, em Brasília. De acordo com o ministro da Educação, Fernando Haddad, os resultados regionais devem ser divulgados na próxima semana.

O Ideb é uma síntese de indicadores educacionais que tem o objetivo de avaliar a qualidade educacional no país. Reúne o resultado das notas da Prova Brasil – que inclui Matemática e Língua Portuguesa e é aplicado a cada dois anos em estudantes do 6.º e 9.º ano do ensino fundamental e do 3.º ano do ensino médio – e as taxas de aprovação de cada escola. "O país está cumprindo o previsto, mas ainda distante da trajetória final", disse Haddad.

Ensino médio

Enquanto os anos finais do ensino fundamental comemoram resultados positivos, o ensino médio ainda patina. A etapa foi a que menos cresceu entre 2005 e 2009. Na opinião do ministro, o que ocorreu é que desde 2005 a Prova Brasil passou a organizar as escolas públicas brasileiras do ponto de vista pedagógico. "As escolas passaram a conhecer o conteúdo que era cobrado e ensinar isto aos seus alunos. Mas os resultados deste esforço estão sendo verificados agora, nos anos iniciais", afirmou. O ministro também ressaltou que os estudantes de anos iniciais que estão sendo bem avaliados no Ideb terão impacto positivo no ensino médio daqui a alguns anos.

Ainda de acordo com Haddad, quanto mais perto da nota 5 do Ideb, mais difícil será avançar para conseguir atingir a meta. "Cinco é nota de país rico europeu", ressaltou. O ministro também fez algumas recomendações: "Se alguma escola ou rede ficou muito fora da trajetória, é necessário verificar o que está ocorrendo. Assim como uma escola muito acima da média não deve se acomodar", diz.

Já a secretária da Educação Básica do MEC, Maria do Pilar La­­cerda, lembrou que o ensino médio passou a contar com financiamento só em 2006. Ela ainda ressaltou que as políticas públicas como os programas para a merenda escolar, transporte escolar e do livro didático chegaram ao ensino médio somente em 2009.

A repórter viajou a convite do MEC.