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A imagem mostra o ministro da Educação, Abraham Weintraub, ao lado do presidente do Inep, Elmer Vicenzi, na coletiva de imprensa desta manhã.
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, ao lado do presidente do Inep, Elmer Vicenzi, na coletiva de imprensa desta manhã. Foto: Divulgação MEC.| Foto:

*Atualizada: o Ministério da Educação retificou os dados divulgados pelo ministro Abraham Weintraub, que informou em coletiva de imprensa, erroneamente, que a avaliação de alfabetização seria feita com R$ 500 mil.

O governo de Jair Bolsonaro fará a avaliação de alfabetização de 7 milhões de crianças por amostragem. Pela primeira vez, esse levantamento será feito com alunos no 2º ano do ensino fundamental, como está previsto na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Antes da BNCC, esperava-se que as crianças fossem alfabetizadas só no 3º ano. Os educadores de pré-escola e creches também serão examinados por meio de questionários eletrônicos.

A decisão foi publicada nesta quinta-feira (2) em portaria do Inep, órgão do MEC responsável pelas avaliações do governo .

Nos anos anteriores, além de ser realizada no 3º ano do ensino fundamental, a avaliação era feita de forma censitária, com a maioria dos alunos. Em coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira (2), o ministro Abraham Weintraub alegou que é preciso fazer mais com menos recursos, que divulga o quanto será gasto "em respeito ao contribuinte" e que parte importante do orçamento do MEC foi contingenciado.

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“Se eu pudesse decidir, eu faria a [avaliação] universal, se eu tivesse plenos poderes, eu faria universal para todos os anos [do ensino]. Mas a gente está chegando, a administração Bolsonaro tem quatro meses, estamos chegando, estou aqui há menos de 30 dias e é isso que temos, por enquanto", disse Weintraub. "Estamos nos redobramento e deslocando recursos para áreas fundamentais", continuou. O ministro afirmou ainda que terá o apoio dos estados e dos municípios na aplicação das provas.

Questionado se a mudança de uma avaliação com todas as crianças para apenas uma parte delas não prejudicaria a série histórica de avaliações, Weintraub garantiu que não.

"Não haverá quebra da série histórica, primeiro porque é a primeira avaliação seguindo a BNCC", respondeu Weintraub, indicando que já haveria uma quebra inevitável com a mudança da avaliação do 2º para o 3º ano. Depois, continuou o ministro, "é possível tratar os dados por meios estatísticos simples, que não prejudicariam a série histórica".

A avaliação das crianças será realizada entre 21 de outubro e 1º de novembro. Este ano, pela primeira vez, a capacidade de ler e escrever das crianças será medida por meio de um ditado.

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Inédito: prova de ciências e avaliação de professores

Pela primeira vez, o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) aplicará testes de Ciências da Natureza, por amostra, para alunos de 9º ano do ensino fundamental, já de acordo com as exigências da BNCC. E também avaliará os educadores da educação infantil. "Saber como é o desempenho dos professores é fundamental", disse o ministro.

Como ocorreu nos últimos anos, testes de língua portuguesa e inglês serão aplicados para estudantes de 5º e 9º anos do Ensino Fundamental e da 3ª e 4ª séries do Ensino Médio (tradicional e integrado) de todas as escolas públicas, urbanas e rurais, que cumprirem o critério do Saeb: ter dez ou mais estudantes matriculados na série avaliada. Haverá também uma avaliação amostral para estudantes da rede particular de ensino.

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