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| Foto: Marcos Santos/USP

Peça a uma menina de 13 anos para dizer o maior número de palavras que ela lembra com uma determinada letra. Em seguida, repita o exercício com um menino da mesma idade. O seu resultado provavelmente será parecido com o encontrado por pesquisadores de todo o mundo: os meninos devem ficar nervosos e demorar para dizer as primeiras palavras e terminar com uma lista de termos bem menor do que a feita pelas meninas, proclamada com muito mais presteza. Isso acontece porque no início da adolescência o desenvolvimento cerebral dos meninos está atrasado cerca de dois anos em relação ao das meninas. Agora, a publicação de outras pesquisas reforça que essa a diferença entre meninos e meninas – que deve terminar aos 15 anos – afeta também os meninos na capacidade de prestar atenção ou de compreender os sentimentos alheios.

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Em um levantamento de 2016 sobre habilidades cognitivas e desempenho cerebral realizado com 3500 pessoas de 8 a 21 anos pelos pesquisadores da Perelman School e o Hospital Infantil da Filadélfia, nos Estados Unidos, além de mostrar que as meninas são mais rápidas e precisas do que os meninos na lembrança de palavras, elas têm melhores notas em testes de atenção.

Outro estudo, realizado na Bélgica em 2015, com 4.850 adolescentes de 22 países, mostrou uma capacidade muito maior de concentração entre as meninas até os 15 anos – ainda que elas tenham mais tendência a emoções negativas e à depressão aos 14 anos. Essa diferença entre eles e elas diminui entre os 15 e 17 anos, quando eles galgam maiores níveis de capacidade de prestar atenção.

Empatia

Os meninos também são mais lentos para entender os sentimentos dos outros, apontou o estudo da Filadélfia. Eles ainda perdem para elas em exercícios que mostram a capacidade de inferir, com base no contexto, no diálogo e na linguagem corporal, o que os outros provavelmente estão pensando, de acordo com outro estudo realizado na Universidade de Yale.

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