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Na rede pública, as atividades relacionadas à economia não estão concentradas em módulos, mas em pequenas orientações dadas em sala de aula ou projetos. Nas escolas estaduais, não há nada específico sobre administração financeira, apenas algumas aulas de educação fiscal.

Segundo a coordenadora regional do curso on-line de Educação Fiscal da Secretaria Estadual de Educação do Paraná, Cristiane Weyand, essa também é uma forma de ensinar os alunos a lidar com dinheiro. "Eles aprendem sobre impostos e como é importante pedir nota fiscal para que o recurso se destine a obras públicas", comenta. As aulas não são dadas especificamente para uma série, mas distribuídas em diversas disciplinas – do ensino fundamental e médio – como Matemática, Geografia e Sociologia.

Cristiane explica que nem todas as escolas participam porque não é obrigatório dentro de nenhuma disciplina, mas depende de cada professor. No Paraná são 4,7 mil docentes que fazem duas vezes por ano um curso específico sobre educação fiscal para aplicar em sala. A atividade faz parte de um programa nacional e no estado começou em 2002.

A rede municipal também não tem nenhuma disciplina ou módulo fixo. As atividades desenvolvidas sobre o assunto dependem de cada escola e professor. Os alunos do 3º ano do ensino fundamental de nove anos da Escola Municipal Newton Borges participam todos os anos – entre agosto e dezembro – de projetos específicos que promovem orientações sobre consumo. Em 2008 os professores levaram as crianças aos mercados da região, no Tatuquara, para que eles identificassem a organização e os valores dos produtos. A pedagoga da escola, Kelly Cristina Placha, explica que as discussões sobre consumo estão presentes não só na matemática, mas em outras áreas do conhecimento. "Estamos em uma região pobre da cidade e muitas famílias não têm qualquer noção sobre o assunto. Por isso é fundamental que as crianças aprendam aqui e discutam isso com seus pais em casa."

O economista e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), José Guilherme Silva Vieira, diz que o ideal seria que práticas de economia como essa fossem frequentes e obrigatórias em todas as escolas, inclusive nas públicas, onde hoje atividades sobre consumo são desenvolvidas bem menos que nas particulares.

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