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Por volta dos 10 anos a criança começa se expressar sexualmente – faz perguntas sobre relacionamento amoroso e vê com outros olhos o sexo oposto. De acordo com a psicóloga e professora do departamento de Educação da Universidade Estadual de Maringá (UEM) Eliane Maio é até esta idade que escola e família precisam transmitir orientações sexuais corretas, porque depois disso o jovem vai sozinho procurar informação, principalmente na internet.

Mas o problema é que nem todos os pais conseguem conversar o que precisam e nem todas as escolas têm programas efetivos voltados ao ensino da sexualidade."Por muito tempo se acreditou que os pais tinham um diálogo aberto com os filhos. Mas isso é um engano, não acontece na prática", diz a psicóloga e autora de livros sobre educação sexual Lídia Aratangy. Ela acredita que muitas famílias têm medo de impor limites porque se preocupam em agradar não só os filhos, mas os amigos deles. "Não dá para ser pai e amigo ao mesmo tempo, senão nenhuma das duas funções saem direito. É necessário impor regras e limites sim, restringir os locais de namoro e dizer o que pode ou não fazer em público."

Já o papel que cabe à escola, de inserir orientação sexual nas disciplinas, acontece de forma errada segundo a professora do departamento de Educação da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Araci Asinelli da Luz. O que se tem, segundo ela, é uma explicação biológica e não comportamental. "As aulas de ciências e biologia mostram o aparelho reprodutor, explicam as doenças sexualmente transmissíveis e como prevenir. Isso ao meu ver é carregado de repressão porque fica o tempo todo dizendo o que não fazer, ao invés de mostrar aquilo que é saudável e normal, como trocar agrados suaves com a pessoa que se ama."

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