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Imagem ilustrativa.| Foto: Unsplash.

Ao avaliar as universidades dos Estados Unidos – ou qualquer uma do mundo ocidental –, você se pergunta se seu filho deveria mesmo fazer faculdade. Você pondera se deveria pagar uma faculdade ou se convém se endividar por causa disso. No entanto, a pergunta mais importante a ser feita é esta: “Que tipo de pessoa a universidade produz?”.

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É difícil imaginar que algum pai ou mãe – de esquerda, direita, liberal, conservador ou apolítico – discordaria da relevância dessa pergunta.

Eles provavelmente discordariam da resposta. Obviamente, pais de esquerda gostariam que seu filho saísse da faculdade com pontos de vista de esquerda, enquanto um pai mais à direita não ficaria feliz se isso acontecesse, mas todos estariam de acordo que a pergunta “Que tipo de pessoa a faculdade produziu?” deve ser feita.

Acredito que, na maioria das vezes, as faculdades hoje produzem um ser humano pior, ou, pelo menos, uma pessoa que não é melhor, mais sábia ou mais madura do que aquela que fez apenas o ensino médio.

Vamos começar com questões comportamentais.

Há uma boa chance do seu filho ou filha ter grande parte do tempo livre em festas da faculdade, o que muitas vezes significa se embebedar, fumar maconha e fazer sexo casual.

Embora nenhuma dessas atividades signifique necessariamente que o seu filho ou filha se tornou um ser humano pior, todos nós concordamos que nenhuma delas fez dele ou dela um ser humano melhor.

Consumo de álcool

Em relação ao consumo de álcool na faculdade, o Guia de Reabilitação de Álcool, um site online sobre alcoolismo, relata:

Uma grande porcentagem de estudantes universitários consome álcool sem moderação... Entre os homens, o consumo excessivo de bebidas envolve beber cinco ou mais bebidas alcoólicas em duas horas. Por outro lado, consumo excessivo de bebidas alcoólicas entre mulheres é considerado quatro ou mais bebidas dentro de um período de tempo de duas horas.

O site também afirma: “Aproximadamente 80% dos estudantes universitários – quatro em cada cinco – consomem álcool em alguma medida. Estima-se que 50% desses alunos consumam álcool de maneira excessiva...”

O BMC Public Health divulgou as seguintes informações em 2013:

Metade dos jovens adultos em países ocidentais frequentou uma faculdade. … [Isto] está frequentemente associado a [comportamento] arriscado, como o consumo excessivo de álcool. ...Descobrimos que quanto mais um aluno tiver sido exposto ao ambiente universitário, maior o risco de consumo excessivo, frequente e abusivo de álcool.

O consumo de álcool aumentou entre estudantes que moram em repúblicas com um maior número de [colegas de quarto] e que estão na universidade há mais tempo.

E todos nós estamos cientes do tipo de atividade sexual que está associado ao abuso de bebida na faculdade, e ao arrependimento que pode surgir no dia seguinte (geralmente da mulher).

Valores morais

Sem falar nos muitos casos de depressão e distúrbios mentais na faculdade. Nas palavras do psicólogo clínico Gregg Henriques, na revista Psychology Today, “não é exagero nem alarmismo afirmar que existe hoje uma crise de saúde mental entre universitários norte-americanos. Evidências sugerem que esse grupo tem níveis de stress e psicopatologias mais altos do que em qualquer outro momento da história dos EUA”.

Agora, vamos passar aos valores e ao caráter.

Ao terminar a faculdade, seu filho ou filha (ou sobrinho, sobrinha, neto ou neta) tornou-se uma pessoa mais, menos ou igualmente gentil?

Mais, menos ou igualmente respeitoso com você – pai ou mãe?

Mais, menos ou igualmente grato pelo sacrifício monetário que você fez para que ele ou ela frequentasse a faculdade?

Mais, menos ou igualmente orgulhoso de seu país?

Mais, menos, ou igualmente respeitoso com religião?

Mais, menos ou igualmente culto?

Mais, menos ou igualmente comprometido com a liberdade de expressão?

Mais, menos ou igualmente aberto a ouvir opiniões com as quais ele ou ela discorda?

Acho que sei as respostas a essas perguntas, na maioria dos casos. Mas, muito mais importante do que o que presumo saber, é o que você vai descobrir. Por favor, faça essas perguntas não só aos estudantes universitários e recém-formados, mas também aos pais e outros familiares.

Em seguida, decida se você quer correr o risco de pagar para seu filho estudar num ambiente que aumentará muito suas chances de ficar deprimido, de beber de forma compulsiva e de não aprender nada importante – apenas que vive em um país horrível, que qualquer opinião com o qual não concorda deve ser calada, que cristãos e judeus religiosos são patéticos, que muçulmanos religiosos são maravilhosos e, por fim, que a cor da pele é uma característica muito importante.

Reconheço que alunos nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática devem, de fato, frequentar a faculdade. Mas, do contrário, enviar um filho para a faculdade é jogar roleta russa com seus valores, caráter e até mesmo alegria de viver.

Tradução: Ana Peregrino

© 2019 The Daily Signal. Publicado com permissão. Original em inglês.

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