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A bacharel em Direito Débora Jugend e o pai dela, o advogado trabalhista Marcelo Jugend, declararam guerra ao Exame de Ordem aplicado pela OAB-PR. Débora se formou em 2003 pela Universidade Tuiuti do Paraná e foi reprovada nas quatro vezes em que realizou a prova. Ela trabalha no escritório do pai e ambos garantem que a bacharel ainda não passou no teste porque sua execução e correção não são feitas dentro de critérios claros e objetivos.

Para comprovar essa suposta falta de transparência, Marcelo conta que passou a segunda prova prática processual feita pela filha para que três dos mais famosos advogados trabalhistas do estado a corrigissem. Na prova oficial, faltou 0,8 ponto para que ela atingisse a nota 6 e fosse aprovada. Os doutores José Affonso Dallegrave Neto, Roland Hasson e Valdyr Perrini, no entanto, avaliaram que ela podia tranqüilamente atingir a nota mínima, diz o advogado.

Marcelo aponta que a resposta do julgamento do recurso dessa prova apresentava 36 erros de português em apenas duas páginas de texto. O uso correto da gramática é um dos critérios adotados para a correção do teste. "Como é que alguém que faz isso pode ser colocado para julgar o destino de uma pessoa que estudou a vida inteira para fazer essa prova e se tornar advogado?"

Além disso, ele comparou as correções feitas pelo mesmo avaliador em duas provas diferentes, uma feita por Débora e outra feita por um colega dela. Em respostas quase idênticas ele deu notas diferentes. "Os critérios são muito subjetivos, não dá para entender bem o que eles querem", diz Débora.

Por último, foi colocado em dúvida o método de correção. Na prova prática processual em que Débora recorreu do resultado, os dois avaliadores deram notas iguais em 10 de 14 tópicos. Marcelo pediu para que o estatístico da UFPR Afonso Bracarense Costa avaliasse a probabilidade dessa coincidência ocorrer. "A chance de tantas repetições ocorrerem é de 1 em 555 mil. Só isso já mostra que tem muita coisa errada."

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