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A Fecilcam, em Campo Mourão, é uma das faculdades que se unirão para criar a Universidade Estadual do Paraná | Dirceu Portugal / Gazeta do Povo
A Fecilcam, em Campo Mourão, é uma das faculdades que se unirão para criar a Universidade Estadual do Paraná| Foto: Dirceu Portugal / Gazeta do Povo

União passará pela Assembleia

Após a conclusão dos trabalhos do grupo de estudo, a proposta de estatuto será encaminhada para o governador Orlando Pessuti. O secretário Nildo Lübke (Ciência, Tecnologia e Ensino Superior) informou que, posteriormente, o projeto de lei de criação da universidade será encaminhado à Assembleia Legislativa. "Teremos o recesso parlamentar em julho. Então acredito que tudo estará resolvido até agosto ou setembro", afirma.

Caso a UEPR saia do papel, a instituição será a sétima universidade estadual do Paraná, que nascerá com cerca de 12 mil estudantes, 702 professores e 62 cursos de graduação. A última instituição do gênero criada no estado foi a Universidade Estadual do Norte do Paraná (Uenp). Fundada em meados de 2008, ela reuniu cinco faculdades que também faziam parte da Unespar: Faciop (de Cornélio Procópio); FFALM (de Bandeirantes); Fafija, Faefija e Fundinopi (de Jacarezinho).

Divergência em dois municípios

Apesar de bem recebida em várias faculdades, a proposta da Seti tem dividido opiniões nas faculdades de União da Vitória (Fafiuv) e Paranavaí (Fafipa). No caso da Fafiuv, o diretor Valderlei Sanches afirmou que a comunidade acadêmica está dividida entre a integração com a UEPR e a possibilidade de incorporação à Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicen­tro), com sede em Guarapuava.

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  • Veja que são sete instituições que poderão formar a Universidade Estadual do Paraná

Maringá - Uma comissão formada por diretores de sete faculdades estaduais e por representantes da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) está elaborando um estudo para a criação da Universidade Estadual do Paraná (UEPR), instituição que congregaria e reorganizaria as chamadas "faculdades isoladas". Segundo o presidente da Fun­dação Araucária, Zeferino Perin, designado para coordenar as atividades do grupo, os trabalhos estão bem adiantados: "Dentro de 15 dias devemos concluir a minuta da UEPR. Será uma universidade com inovações interessantes, preocupada com o desenvolvimento microrregional. Cada câmpus terá o compromisso de realizar seus trabalhos identificando as demandas e vocações de suas regiões", explicou.

A nova instituição pretende envolver faculdades de Apu­carana (Fecea), Campo Mourão (Fecilcam), Curitiba (FAP e Embap), Paranaguá (Fafipar), Paranavaí (Fafipa) e União da Vitória (Fafiuv), que passariam a responder a uma Reitoria, a ser instalada na capital.

De acordo com o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Nildo Lübke, a proposta é bem diferente da antiga Unespar. Criada em 2001, a universidade com sede em Jacarezinho tinha a intenção de reunir as então 12 faculdades estaduais em uma única instituição. No entanto, as divergências e diferenças culturais das várias regiões acabaram impedindo que o projeto tivesse sequência. "A Unespar apenas agregou as faculdades. Já a UEPR terá um modelo de universidade multicâmpus diferente, porque se pretende dar uma certa autonomia para as faculdades, transformando-as em centros universitários. Pretendemos equacionar e racionalizar as instituições de ensino superior do Paraná", afirmou Lübke.

Autonomia

Pelo projeto, os orçamentos das sete faculdades farão parte da nova instituição, que gerenciará a distribuição de recursos aos câmpus. Na opinião do diretor da Fecilcam, Antonio Carlos Aleixo, o novo modelo para junção das faculdades permitirá a autonomia institucional e financeira de cada campus. "Sozinhas, as faculdades vão levar muito tempo para se tornar uma universidade. Juntas, sairão fortalecidas", afirma. Ele ainda avalia que, com o novo status, a Fecilcam terá condições de buscar convênios internacionais e criar dois cursos de mestrado dentro de quatro anos, além de aumentar a oferta de cursos de graduação. "Estamos há dois anos aguardando a autorização para o curso de História. Como universidade, não precisaríamos passar por tantos processos burocráticos", argumenta.

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