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Delegação do IFPR destacou possibilidade de obter novas experiências | Tatiana Duarte/Gazeta do Povo
Delegação do IFPR destacou possibilidade de obter novas experiências| Foto: Tatiana Duarte/Gazeta do Povo

Os números do Paraná

A distância não foi empecilho para diversos participantes, que enfrentaram mais de um dia de deslocamento para participar do Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica:

Delegações

> Mais de 100 participantes, entre alunos, professores e pesquisadores de instituições que oferecem ensino profissionalizante e tecnológico.

Instituições

> Estavam no Fórum Mundial representantes do Instituto Federal do Paraná (IFPR), Universidade Federal Tecnológica do Paraná (UTFPR), Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Secretaria de Estado de Educação (Seed-PR).

Horas na estrada

> Estudantes da região de Londrina levaram 36 horas de ônibus para conseguir chegar até Brasília. Participaram também estudantes de Maringá, Curitiba, Paranaguá, Apucarana e Antonina.

Atividades

> 62 ações foram expostas pelos paranaenses entre mostra estudantil, eventos paralelos realizados pelos estabelecimentos de ensino, divulgação de trabalhos e atividades culturais.

Brasília - O óleo de cozinha reutilizado (e transformado em biodiesel) e laboratórios modulares para o ensino de eletrotécnica são dois exemplos de pesquisas de estudantes e professores paranaenses que foram apresentadas no Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica, que ocorreu na semana passada, em Brasília.

O evento reuniu mais de 15 mil pessoas de 16 diferentes países, realizou mais de 1,2 mil atividades e trouxe ainda mais expectativas para os estudantes do Paraná. Estiveram presentes no Fórum delegações dos colégios da rede estadual que mantêm ensino médio profissionalizante, do Instituto Federal do Paraná (IFPR) e da Universidade Federal Tecnológica do Paraná (UTFPR).

Quatro estudantes que estão concluindo o curso de Química Industrial em nível médio do Centro Estadual de Educação Profissional de Curitiba apresentaram o estudo que transforma óleo de cozinha em biodiesel. Segundo o estudante Claudinei Jorge Cardoso, 19 anos, um dos autores do projeto, além da possibilidade de mostrar o estudo, a presença no evento trouxe a negociação de uma parceria com outros pesquisadores do interior do estado. "Estamos verificando a possibilidade de que o biodiesel seja usado como combustível para tratores. Isso resultaria num menor impacto ambiental", afirma.

Atuando há 34 anos como professor da UTFPR, Severino Cervelin levou seus laboratórios modulares em eletrotécnica para Brasília. Os laboratórios fazem parte de sua tese de doutorado, a ser concluído pela Universidade Federal de Santa Catarina. A iniciativa permite que os laboratórios sejam usados em qualquer sala de aula, sem necessidade de altos investimentos. "Os móveis substituem cinco salas do ensino tradicional ou cinco laboratórios", diz. A UTFPR também teve projeto contemplado em segundo lugar na classificação final da categoria tecnólogo do Prêmio Técnico Empreendedor 2009. A divulgação dos projetos vencedores fez parte das atividades do Fórum. O projeto Caminhão SOS Mulher, com o tema cooperativismo, foi desenvolvido pelas alunas Juliane Hendges e Taynna Almeida, com orientação da professora Vanessa Ishikawa Rasoto.

Para mais de 100 participantes paranaenses, a aprendizagem vai além das pesquisas expostas no evento. A delegação do IFPR, que levou mais de 40 pessoas, entre estudantes e professores dos câmpus Paranaguá e Curitiba, sabe bem o que isso significa. Como o IFPR é novo, poucos projetos foram apresentados pela instituição. "Os estudantes tiveram a oportunidade de vivenciar muitas experiências que vão além do aprendizado formal", diz o professor Ederson Prestes Santos Lima.

Foi na fila do banheiro feminino do alojamento dos estudantes que as adolescentes Taciane Maria Muriel, Fernanda da Silva, Jaqueline Volpe e Sa­­brina Espíndola, todas com 15 anos, tiveram um dos contatos mais marcantes do evento. "Conhecemos uma professora uruguaia e conversamos sobre o movimento estudantil e as diferenças do ensino entre os dois países", comentam.

A jornalista viajou a convite do Ministério da Educação

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