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As mudanças propostas pelo Ministério da Educação ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), algumas delas a serem adotadas a partir da prova desse ano, marcada para ocorrem em 3 e 4 de outubro, deixam muitas questões sem resposta acerca do exame como processo seletivo de ingresso ao ensino superior. Uma delas é sobre o novo peso que deve ganhar ou não a avaliação feita pelo MEC.

Na opinião do presidente interino do Sindicato das Escolas Particulares do Paraná (Sinepe-PR), Jacir Venturi, com 35 anos de experiência em sala de aula de cursos pré-vestibulares e universidades, a flexibilidade do uso do Enem nos processos seletivos das instituições não deve alterar o peso para o exame, como um todo. "Determinadas disciplinas podem pontuar de maneira diferenciada", diz.

Para o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), ex-ministro de Educação, o peso do Enem vai aumentar e deverá crescer sua adesão. "Hoje não tem propósito para ser feito pelo aluno. Quando se tornar um instrumento de ingresso para a universidade terá outra dimensão", diz.

Para Venturi, o estudante de escola pública não será prejudicado com o uso do exame em vários vestibulares, uma vez que as políticas de cotas afirmativas de cada uma das instituições podem ser mantidas. "Há de se pensar além do aspecto humano. Por que as cotas não priorizam alunos com carências financeiras? Temos muitas escolas públicas com alunos de nível socioeconômico elevado", diz.

Para Buarque, apesar das mudanças e das políticas de cotas afirmativas, ainda falta compromisso com a melhoria da qualidade da educação básica. "A melhor solução é escola pública de qualidade para todos", diz. O senador defende a federalização das escolas, que em sua maioria são administradas pelos estados e municípios. Um projeto sobre o assunto tramita no Senado.

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