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As universidades estaduais do Paraná já começaram as mobilizações para reivindicar melhorias de salário e das condições de trabalho. Professores da Unicentro, Unioeste e Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) fizeram nesta quinta-feira (14) uma greve de advertência. As reivindicações da categoria são mais investimento nas instituições de ensino, realização de concurso público e reposição salarial, já que alegam que as perdas inflacionárias, de acordo com o Dieese, somam 70%.

Na UEPG, das 120 turmas apenas seis tiveram aulas nesta quinta. Segundo o presidente do Sindicato dos Professores da Universidade (Sinduepg), Pedro Rodrigues, dos 750 professores, cerca de 80% cruzaram os braços. Após uma assembléia, os servidores técnicos administrativos da instituição de ensino superior resolveram não aderir à manifestação.

Em Cascavel, também cerca de 80% dos professores da Unioeste paralisaram suas atividades. A paralisação contou também com o apoio dos alunos e servidores técnico-administrativos. De acordo com Fátima Vilas Boas, do Sinteoeste, os salários estão defasados em 40% em relação às universidades federais. "Estamos perdendo professores doutores pois esses profissionais estão procurando empregos melhores".

Ainda de acordo com o Sindicato, nos últimos oito anos os professores tiveram um reajuste salarial de 13,55%, concedido em março de 2002 após uma greve de quase seis meses, enquanto que a inflação acumulada neste período chega a 81,13%.

Na Unicentro, em Guarapuava, parte dos professores decidiram aderir à greve de advertência. Os servidores trabalharam normalmente.

O governador Roberto Requião adiantou, na semana passada, que não viabilizaria a aprovação do plano caso houvesse paralisação. A advertência parece não ter surtido efeito. "É preciso ter claro que só teremos conquistas se estivermos mobilizados", argumentaou Luiz Fernando Reis, presidente do Sindicato dos Docentes da Unioeste (Adunioeste) e um dos organizadores do movimento. Ele lembrou que a falta de políticas públicas de investimentos afeta a qualidade do ensino, pesquisa e extensão nas universidades.

Na Universidade Estadual de Londrina (UEL) e Universidade Estadual de Maringá (UEM), não houve manifestção. As universidades optaram por manter negociações para uma proposta de reajustes antes de realizarem qualquer manifestação.

Veja mais informações nas reportagens em vídeos do Bom Dia Paraná e Paraná TV - 1.ª edição

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