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O título deste artigo é um ditado africano, mas extremamente aplicável na realidade brasileira, principalmente quando os assuntos são educação escolar e educação familiar. O motivo é simples: na educação brasileira, enquanto políticos discutem velhas reformas, regras passadas, leis insignificantes e deliberações que de nada resolvem, nossas escolas estão à espera de providências que possibilitem uma educação diferente. Enquanto a direção e professores das escolas discutem estratégias e didáticas, projetos para a melhoria da educação, nossas crianças desejam uma escola prazerosa, afetiva e efetiva. Uma escola que realmente exerça o ofício de ensinar, junto com seus maiores parceiros nesta batalha, os pais.

Da mesma maneira, quando os pais discutem a relação, entre brigas e momentos de apaziguamento, está o filho afoito por uma demonstração de carinho, por momentos de diálogo e paz. Ou por um momento de família, verdadeiro e simples.

Considerando governo, escola, professor, aluno, pais, filhos, fica fácil saber quem é capim e quem é elefante nessas relações. Enquanto os elefantes pisoteiam o capim, as perdas ocorridas durante este processo são quase impossíveis de serem retomadas. Em alguns casos, jamais serão. É neste momento que devemos pensar que tipo de criança moldamos para o futuro, pois somos as únicas pessoas a poder mudar esta situação.

Vale a reflexão: perceberemos que tudo gira em torno de nós, adultos, os grandes elefantes da relação. Somos os todo-poderosos, só que nem sempre sabemos onde queremos chegar. E, na maioria das vezes, não damos conta de que nossas crianças são frágeis como a grama.

Esther Cristina Pereira, psicopedagoga, diretora da Escola Atuação e Diretoria de Ensino Fundamental do Sindicato das Escolas Particulares do Paraná (Sinepe-PR).

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