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O Exame da Ordem é uma forma de "dignificar" a advocacia. A opinião é do presidente da Comissão de Estágio e Exame de Ordem da OAB do Paraná, Ivo Harry Celli Júnior. "Ter bons profissionais é um clamor da sociedade e nós trabalhamos para atendê-la", afirma. Segundo ele, a principal explicação para o baixo índice de aprovação no teste é a abertura de novas faculdades de Direito, que não teriam a qualificação de ensino ideal.

"Também ficamos surpreendidos com o resultado, principalmente com o que aconteceu nas provas dos bacharéis que optaram pela área penal, que acabaram empurrando a média geral para baixo." Celli Júnior conta que foram verificados erros muito básicos nos testes. "Chegou a dar um arrepio na espinha. Na prova de prática processual, pedimos a elaboração de uma apelação e a maioria acabou fazendo uma outra peça."

O advogado destaca, no entanto, que não foram apenas as faculdades mais novas que foram mal. Até os bacharéis da UFPR, que sempre tiveram altos índices de aprovação, obtiveram um desempenho considerado fraco. De acordo com ele, esse é um reflexo da saída recente de vários professores da instituição, a maioria por aposentadoria.

Celli Júnior admite que o Exame de Ordem feito pela OAB-PR ainda não é o ideal. Uma das sugestões dele para aprimorar a prova é reduzir as questões e maneiras de consulta do candidato apenas ao conhecimento ligado aos textos de lei seca. Atualmente, elas são estendidas aos livros de doutrina e jurisprudência, além de códigos interpretados. "Tem bacharel que leva uma mala de livros para a prova e acaba até se atrapalhando. Isso acabaria se restringíssemos as consultas possíveis na prova de prática processual."

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