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Uma pesquisa realizada em 947 municípios que adotaram os programas educacionais do Instituto Ayrton Senna (IAS) nas escolas públicas mostram um incremento de vários indicadores de qualidade de educação. As redes que usaram as tecnologias educacionais desenvolvidas pela entidade tiveram um crescimento seis vezes maior da taxa de aprovação do que o restante do país. A velocidade de redução das taxas de abandono é duas vezes maior, bem como a distorção idade-série.

Para avaliar os resultados foram considerados os municípios que implementaram essas tecnologias entre 1999 a 2005, comparados com indicadores de cidades com perfil socioeconômico semelhante. A pesquisa foi realizada pelo economista Ricardo Paes de Barros. Os programas criados pelo IAS são o Acelera Brasil, para correção da distorção idade-série, o Se Liga!, de alfabetização para alunos com defasagem de aprendizagem, o Gestão Nota 10, que atua nas gestão e política educacional da rede e o Circuito Campeão, que trabalha com políticas de alfabetização e acompanhamento da aprendizagem nos cinco primeiros anos do ensino fundamental.

A presidente do IAS, Viviane Senna, disse hoje durante a apresentação da pesquisa, em Brasília, que a organização trabalha como um centro de produção de conhecimento. "Nós temos vírus que atacam o desenvolvimento da criança, um deles é o da má qualidade do ensino. Nós desenvolvemos fórmulas para atacar esse problema", comparou.

O ministro da Educação Fernando Haddad afirmou que o governo está estudando os meios necessários para "comprar" as tecnologias desenvolvidas pelo IAS e aplicá-las em municípios com baixos resultados no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). "Seguramente um terço dos brasileiros tem acesso à educação de qualidade, em outro terço a qualidade está sendo resgatada. Mas há ainda um estrato que mal se alfabetizam. O desafio é conseguir a eqüidade de oportunidades", avaliou.

Viviane atribui o sucesso dos programas ao monitoramento constantes das ações. Os programas do instituto possuem um sistema de monitoramento das atividades em cada escola. "O DNA dos programas está na gestão, ter metas para serem atingidas e um gerenciamento do projeto no decorrer do caminho. O sistema tem todos os indicadores semanais, quinzenais e mensais de funcionamento das crianças e dos professores. Você sabe quantas lições de casa a criança fez, quantas faltas ela teve. São indicadores de desempenho que você precisa garantir para criança chegar no final do ano e ter aprendido", explicou.

Os programas do IAS tem um custo por aluno mensal de R$ 8,00. Além de municípios, hoje oito estados adotam os programas nas suas redes (Pernambuco, Tocantins, Paraíba, Sergipe, Piauí, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Roraima). Segundo Paes de Barros, os resultados são otimizados quando a adesão vem da rede estadual.

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