Vestibulandos da UEPG são contrários à criação de cotas

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Candidatos inscritos no vestibular de inverno da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) se manifestaram contrários à criação do sistema de cotas na instituição. Segundo a assessoria de imprensa da UEPG, foi realizada uma pesquisa que mostrou que dos 6.817 inscritos, 70,65% (4.816) são contrários à existência de cota para alunos oriundos das escolas públicas, enquanto 90,70% dos candidatos se mostram contrários ao sistema de cotas pela aparência física do candidato (branca, negra, amarela, indígena).

De acordo com o presidente da Comissão Permanente de Seleção (CPS), Antônio Carlos Schafranski, os números ganham importância por representarem a opinião da parte mais interessada nos concursos vestibulares, que são os candidatos. "Não se trata de uma amostragem, mas de uma consulta que apresenta a opinião de 100% dos inscritos no concurso", diz.

Schafranski considerou significativo o percentual de 29,35% dos candidatos (2.001) que se declaram favoráveis à existência de cota destinada a alunos da escola pública, destacando que desse total 73,9% (1.479) fizeram o ensino fundamental (5.ª a 8.ª série) em estabelecimento mantido pelo governo e 26,08% (522) vêm de escolas particulares.

Com relação ao ensino médio, o percentual de favoráveis provenientes da escola pública cai para 65,51% (1.311), enquanto índice de oriundos da rede privada sobe para 34,48% (690). No campo dos contrários à cota para os oriundos da escola púbica, 70,65% (4.816), a maioria vem de escola particular, 59,46% (2.864), no ensino fundamental, e 70,16% (3.379), no ensino médio. Aqui, os oriundos da escola pública são minoria: 40,53 (1.952), em relação ao ensino fundamental, e apenas 29,83% (1.437), referentes ao ensino médio.

Ainda para Schafranski, os números revelam a visível migração dos alunos das escolas públicas para a rede particular, quando da passagem do ensino fundamental para o ensino médio. Considerando o total de candidatos (6.817), verifica-se que 50,33% cursaram da 5ª à 8ª séries na rede estatal. No ensino médio, esse percentual cai para 40,31%.

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