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A turismóloga Anna Vargas e o arquiteto Alexandre Pedrozo com o filho Cauã, de 5 anos, no Largo da Ordem, em Curitiba. Eles costumam fazer atividades educativas com os filhos quando viajam | Brunno Covello/Gazeta do Povo
A turismóloga Anna Vargas e o arquiteto Alexandre Pedrozo com o filho Cauã, de 5 anos, no Largo da Ordem, em Curitiba. Eles costumam fazer atividades educativas com os filhos quando viajam| Foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo

A paixão pelo patrimônio histórico ajudou a unir o casal Anna Vargas de Faria e Alexandre Pedrozo. Ele, arquiteto urbanista; ela, turismóloga e dona do restaurante Farnel, especializado em comida paranaense. Juntos, eles transmitem estes conhecimentos aos gêmeos Cauã e Gustavo, de 5 anos, sempre fazendo das viagens em família um momento de lazer e aprendizado.

Seja no Rio de Janeiro, na Lapa ou em Ponta Grossa, eles dão um jeito de conectar os pequenos à terra, fazê-los "criar um registro, uma memória." Especialista em educação histórica, a professora Maria Auxiliadora Schmidt, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), defende que "todo lugar é um espaço de memória". Para levar os filhos nesta viagem pelo passado, portanto, os pais não precisam decorar tudo que aprenderam nos livros de História. O ideal, segundo a professora, é tratar "o passado como um país estranho que precisa ser visitado." Basta ter criatividade.

Confira algumas dicas que podem ajudar na hora de planejar a viagem ideal:

Pesquise

Descubra mais sobre a história do local que vai visitar. Lugares como a praça central, a catedral ou o antigo pelourinho de uma cidade podem trazer histórias ricas sobre os pioneiros da região. Descubra ainda se há alguma opção de lazer educativo na região.

Idade

Atenção para a idade das crianças na hora de pensar o passeio. Crianças pequenas não aguentam ficar muito tempo em museus, onde devem permanecer em silêncio, por exemplo.

Escola aliada

Relacione as paisagens da viagem com assuntos ensinados na escola ao longo do ano. Se a viagem é para o interior do Paraná, por exemplo, aproveite para tirar uma foto em cada um dos planaltos paranaenses. Para a praia, encontre espécies da flora local.

Linguagem apropriada

Não deixe de contar fatos históricos para as crianças com medo de eles não entenderem. Mas maneire na linguagem. Vai contar a história dos tropeiros? Abuse das imagens, faça-os imaginar a viagem a cavalo e o cansaço que levava à necessidade da parada, o que explica o surgimento de muitas cidades do estado.

Fazer registros

Use a tecnologia a seu favor. Estimule as crianças a fotografar, filmar os cenários, além de si próprios e das famílias. Brinque como se eles fizessem um documentário, para mostrar às gerações futuras.

Recupere

Faça perguntas, relembre com a criança como foi a viagem. O que a marcou? Assistir aos vídeos feitos por eles pode ajudar.

Referências do dia-a-dia

A casa em que sua avó nasceu (ela ainda existe? Tem a mesma arquitetura?), o antigo cinema da cidade. Lugares "banais", referências do dia-a-dia, também são formas de aprendizado. O mesmo vale para as ruas e lugares históricos de sua própria cidade.

Detetive

Estimular as crianças a pensar como se elas fossem detetives que procuram pistas para descobrir como agiam os moradores que moravam ali antes. Criar um mistério, desenhar um mapa do tesouro. Ir ao local do assassinato do Barão do Rio Branco, na estrada de ferro Curitiba-Morretes, e criar um mistério: houve um assassinato aqui, quem será esse assassino?

Imaginar o que aconteceu

Encontrar objetos e paisagens e imaginar como as pessoas do passado viviam. Uma roda d'água exposta em uma praça: para que servia?

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