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Os alunos de Educação Física estão com as aulas práticas comprometidas desde dezembro, quando o complexo esportivo do IFPR foi bastante danificado por um vendaval. | Luciano Barfknecht
Os alunos de Educação Física estão com as aulas práticas comprometidas desde dezembro, quando o complexo esportivo do IFPR foi bastante danificado por um vendaval.| Foto: Luciano Barfknecht

A incerteza em relação à continuidade dos cursos de graduação ofertados pelo Instituto Federal do Paraná (IFPR) em Palmas, no Centro-Sul do estado, e o descontentamento com a falta de professores e a estrutura do câmpus levaram os alunos da instituição a se mobilizarem em busca de respostas e medidas da Reitoria. Além das manifestações que têm chamado a atenção da cidade desde o início do ano letivo, os estudantes acamparam em frente ao câmpus no dia 3 de junho, controlando a entrada de professores, funcionários e colegas na unidade e impedindo a realização das aulas.

Diante da falta de informações da instituição sobre o futuro dos cursos, os estudantes se organizaram e elaboraram uma pauta de reivindicações. Eles também reclamam que há necessidade de mais docentes nas 14 graduações do IFPR e se queixam da precária estrutura do câmpus, agravada por um vendaval em dezembro de 2013. "Queremos professores para que todos se formem no tempo correto. Não em quatro anos e meio, cinco, seis, que é o que vai acontecer se continuar dessa forma", desabafa Ana Paula Skowronski, acadêmica do 3.º período de Pedagogia e participante dos protestos.

O movimento dos estudantes tem ganhado o apoio de professores. "Apoio a pauta. É dos alunos, mas é nossa também, da população palmense", afirma a professora do curso de Pedagogia Ivania Marini Piton, diretora-geral do câmpus entre julho de 2012 e fevereiro deste ano. Ela conta que, desde 2009, quando o Centro Universitário Católico do Sudoeste do Paraná (Unics) foi federalizado, cinco graduações foram fechadas. O IFPR é a única instituição de ensino a oferecer graduações presenciais em Palmas.

Reitoria

Para o reitor do IFPR, Irineu Colombo, o episódio é fruto de uma "série de desinformações" provocadas por alguns professores. A Reitoria aguarda a vinda de uma comissão formada por alunos e professores a Curitiba para discutir as demandas da comunidade acadêmica. "Estamos abertos ao diálogo para encontrarmos uma solução", afirma.

Colombo disse não poder se posicionar em relação a investimentos em infraestrutura e no corpo docente nem sobre o futuro dos cursos de graduação sem analisar tecnicamente o Planejamento Didático-Pedagógico do câmpus, que deveria ter sido concluído até 9 de junho em Palmas. "Não existe nenhum documento da Reitoria falando em fechamento de curso. Temos inclusive a proposta de abertura de novos cursos técnicos, mas temos encontrado resistência para abri-los", conta o reitor, referindo-se à exigência de os institutos federais terem 50% das matrículas em cursos técnicos.

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