• Carregando...
Trabalhadores aprendem a manejar animais corretamente | Arquivo / Gazeta do Povo
Trabalhadores aprendem a manejar animais corretamente| Foto: Arquivo / Gazeta do Povo

Prática

Técnica é rapidamente integrada à rotina

A primeira turma do curso ministrado na Fazenda Cachoeira, em Sertanópolis, foi composta por funcionários da própria fazenda. De acordo com um deles, Bruno Bueno, as técnicas aprendidas foram aplicadas imediatamente na rotina da fazenda.

"No dia seguinte, tivemos um problema com um animal da fazenda e já usamos o que aprendemos no curso", conta.

O curso é composto por um módulo, com quatro horas de aulas práticas, sem teoria. As turmas são formadas por, no máximo, 10 alunos – profissionais que atuam ou não na área e estudantes de Veterinária. "A orientação é bastante individualizada. A gente pega na mão mesmo e ensina", conta o professor Wilmar Marçal.

Serviço

O curso será ministrado pelo menos uma vez por mês, sempre nas manhãs de sábado. Interessados devem entrar em contato com a administração da Fazenda Cachoeira 2C pelo telefone (43) 3321-3338 ou pelo e-mail fazenda@cachoeira2c.com.br.

O trabalho do capataz sempre foi aprendido na lida por quem atua na pecuária, sem a orientação técnica adequada. Com a primeira Escola de Capatazes do Paraná, criada a partir de um projeto da Universidade Estadual de Londrina (UEL), a profissão ganha contornos científicos que beneficiam tanto o trabalhador quanto o gado que ele maneja.

A escola nasceu de um projeto de extensão desenvolvido desde 2010 pelo professor do curso de Medicina Veterinária Wilmar Marçal. As primeiras aulas foram ministradas para turmas em sindicatos rurais e colégios agrícolas do Paraná. Agora, a família Garcia Cid cedeu as instalações e os animais da Fazenda Cachoeira 2C – um dos mais importantes criatórios de gado nelore do Brasil – para abrigar o curso.

Para Guilherme Garcia Cid, além de qualificar a mão de obra que lida com o gado, o curso humaniza o trato com o animal. "O interessante do projeto é que o conhecimento passado para eles visa o bem estar do animal e do próprio capataz", conta.

Capacitação

O projeto ensina gratuitamente o correto manejo dos animais em troncos e bretes (curral). "Hoje, não se admite mais pancada, ferrão, chicote, porque isso tudo provoca traumas e contusões que diminuem o preço da carcaça nos frigoríficos", explica Marçal. Também é trabalhada a manutenção saudável dos ambientes rurais, a destinação adequada de cadáveres e dejetos, além do uso de produtos agrotóxicos e veterinários. "Nós jogamos o conhecimento técnico na experiência prática deles", sintetiza o professor.

Com o curso, a figura do capataz passa a contribuir para a preservação de áreas florestais e a prevenção de doenças transmitidas pelos animais. "Isso melhora a qualidade de vida do capataz, o que é muito importante porque esse profissional nunca vai ser substituído pela tecnologia", garante Marçal.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]