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Arquitetura

Aliar teoria da sala de aula com prática

Escritórios modelo trazem mais experiência para alunos e ajudam na entrada no mercado de trabalho

O escritório-modelo de Arquitetura da UTP foi montado em 1997 e atende principalmente pessoas carentes, que buscam o financiamento de casas pela Cohab. | Daniel Castellano / Gazet do Povo
O escritório-modelo de Arquitetura da UTP foi montado em 1997 e atende principalmente pessoas carentes, que buscam o financiamento de casas pela Cohab. (Foto: Daniel Castellano / Gazet do Povo)

Aliar o conhecimento teórico da sala de aula com a prática é o principal objetivo de escritórios-modelo na área de arquitetura. Eles melhoram a formação dos universitários e fornecem uma experiência profissional que ajuda na entrada no mercado de trabalho. Foi o que aconteceu com Ricardo Hasselmann, aluno de Arquitetura da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP).

"Entrei no escritório modelo logo que iniciei a universidade. O legal é poder ir a campo, conversar com as pessoas. É um conhecimento que não é adquirido na sala de aula", comenta Ricardo (na foto à direita), que recentemente foi contratado por uma construtora. "Essa acaba sendo a primeira experiência, uma oportunidade de conhecer o funcionamento de um escritório. E alunos do fim do curso que precisam completar o estágio obrigatório participam também", explica Samantha Filipin, coordenadora do curso da UTP.

Outra universidade que dispõe desse espaço para os alunos é a Universidade Positivo (UP), que faz projetos para instituições que não visam fins lucrativos. "Alguns dos alunos do nosso escritório-modelo acabam saindo justamente por terem encontrado um emprego. Depois da experiência aqui, eles ganham um diferencial em processos seletivos", diz Rodolfo Marques Sastres, um dos coordenadores do Tumba, o escritório da UP.

O Unicuritiba, que lançou neste ano seu curso de Arquitetura, projeta o funcionamento do escritório-modelo para 2015, que deve atender gratuitamente instituições filantrópicas. "A intenção é atender quem não teria dinheiro para contratar um profissional e ao mesmo tempo fornecer estágio para os alunos", diz Antonio Miranda, coordenador do curso.

Para o professor Antonio Carlos Zani, coordenador do escritório da Universidade Estadual de Londrina, que atende entidades carentes, essa é uma chance de contato com diferentes realidades. "Fazemos projetos para creches com dificuldades relacionadas a espaço físico e equipamento necessário para funcionar. Assim os alunos acabam conhecendo também a realidade social da região."

O curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Paraná (UFPR) não conta com esse tipo de laboratório. O professor Paulo Chiesa comenta um dos problemas da implantação do projeto: "Os alunos, por não serem formados, ainda não podem assinar projetos e nem sempre querem que o professor leve o crédito pelo material. Por isso, mesmo em instituições particulares, os escritórios-modelo têm atendimento restrito para alguns casos", explica.

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