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MERCADO DE TRABALHO

Conhecimentos em prática na área social

Terceiro setor atrai cada vez mais gente para trabalhar em causas sociais e ambientais. Seleção costuma ser rigorosa

A Fundação Ecumênica de Proteção ao Excepcional, presidida por Fabio Marcassa, tem cerca de 200 funcionários | Jonathan Campos / Gazeta do Povo
A Fundação Ecumênica de Proteção ao Excepcional, presidida por Fabio Marcassa, tem cerca de 200 funcionários (Foto: Jonathan Campos / Gazeta do Povo)

Nem sempre um trabalho voluntário temporário é o suficiente para satisfazer o anseio de universitários e recém-formados interessados em ajudar outras pessoas e lutar por uma causa, seja ela social ou ambiental. É crescente o número de jovens que buscam realizar-se profissionalmente diante de atividades ligadas a uma forma de engajamento. No entanto, quem pensa ser fácil ingressar nesse mercado de trabalho pode estar enganado.

O terceiro setor – nome dado ao conjunto de organizações privadas que conduzem ações de promoção social – ganhou força no Brasil há cerca de duas décadas e hoje emprega uma grande variedade de profissionais. Associações, institutos, fundações, organizações não governamentais (ONGs) e outras iniciativas semelhantes não julgam apenas a boa intenção de jovens altruístas na hora de contratar. Essas instituições adaptaram sistemas de medição de desempenho típicos do mundo corporativo e atuam com metas bem definidas e cobrança de resultados.

Rigor

"Há quem diga que somos rigorosos demais nas contratações, mas há uma carência de profissionais especializados na área. O candidato precisa ter espírito humanístico para contribuir bem", diz Fabio Marcassa, presidente da Fundação Ecumênica de Proteção ao Excepcional (Fepe), que tem cerca de 200 funcionários.

Na instituição trabalham psicólogos, fisioterapeutas, médicos, administradores, contadores entre outros. A área contábil, aliás, exige conhecimentos bastante específicos, já que é preciso dominar quais são as isenções e imunidades tributárias de que as fundações têm direito.

Mesmo em instituições de menor porte, a exigência pode ser grande. Segundo Alessandra Françoia, coordenadora nacional da ONG Criança Segura (que promove a prevenção de acidentes com crianças e adolescentes de até 14 anos), para ingressar em sua equipe é preciso falar inglês e comprovar alguma experiência na área social, mesmo que voluntária. A instituição conta hoje com dez funcionários.

Na Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem (SPVS), a contratação de novos profissionais se dá por projetos. A cada nova iniciativa elaborada pela instituição, um comitê define o perfil de profissional de que necessita e a vaga é anunciada. Em qualquer área da SPVS, no entanto, a afinidade com temas ambientais é essencial. "Na entrevista já é possível notar o quanto o candidato realmente gosta de discutir as questões relacionadas ao meio ambiente", conta a analista de recursos humanos Fabiane Zaclikevic.

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