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Para, Rafaely Bernardineli e Bruno Camargo a importância do prêmio vai além da chance de um bom emprego | Marcos André Lima/Gazeta do Povo
Para, Rafaely Bernardineli e Bruno Camargo a importância do prêmio vai além da chance de um bom emprego| Foto: Marcos André Lima/Gazeta do Povo

Dicas para participar de concursos

>> Acredite no seu projeto, por mais simples que ele pareça. Detalhes fazem a diferença.

>> Tome a iniciativa, não espere que alguém elogie sua ideia para inscrevê-la.

>> Não é preciso desenvolver algo especial para prêmios, aproveite os trabalhos da faculdade.

>> Não tente abraçar o mundo: a viabilidade de implantação da ideia é fundamental.

>> Esteja atento ao calendário de concursos e não desanime com a burocracia existente para a inscrição.

  • O Jogo Baboo, criado pelos designers, é voltado para crianças de zero a 6 anos

Conquistar um espaço no mercado de trabalho é o desafio de quem termina a graduação. A falta de experiência dificulta a colocação, mesmo dos estudantes mais aplicados. Mas existe uma maneira de se destacar e ser visto até pelo mercado internacional: as premiações. Esse tipo de evento valoriza novas ideias, reúne profissionais da área e, de quebra, atrai empresas dispostas a contratar.

Dois recém­formados em Desenho Industrial pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) estão colhendo os frutos da participação em um concurso. Rafaely Bernardineli e Bruno Camargo foram finalistas na 4.ª Mostra Jovens Designers, ocorrida no fim de setembro no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo.

O jogo Baboo – um brinquedo educativo desenvolvido pela dupla para crianças de zero a 6 anos – ficou entre os seis melhores dos 89 inscritos de 11 estados do país e vai ser apresentado em Milão, na Itália, durante o Salone Satellite, em maio de 2012.

O brinquedo foi o resultado do trabalho de conclusão de curso dos amigos. "Já estávamos com tudo pronto. Quando soubemos do concurso, resolvemos arriscar", conta Rafaely. E deu certo. O Baboo se destacou entre objetos de decoração, geladeiras, sanitários públicos, móveis e até ônibus escolares. A simplicidade em relação aos concorrentes foi positiva. "Nosso produto é de fácil implantação no mercado. É possível imaginá­lo com um código de barras em prateleiras de lojas", diz Camargo.

Problemas atuaisAlém disso, a função educativa foi levada em conta. "O Baboo estimula a criatividade e a coordenação motora, pode ser usado como material de apoio por educadores", explica Rafaely. Projetos que apontam soluções para problemas atuais e têm conceitos de sustentabilidade ganharam destaque no concurso, como um adaptador de talheres para crianças com paralisia e um sistema de transporte público baseado em bicicletas.

Para os designers, a importância do prêmio vai além da chance de um bom emprego. "O curso de Desenho Industrial ainda é pouco conhecido, espaços como esse são oportunidades de mostrarmos todas as possibilidades dos profissionais da área", acredita Rafaely. E vale a pena não só para os primeiros colocados. "Tenho um colega que foi para uma exposição na Itália e, na própria feira, três fábricas se interessaram em contratá­lo", conta Bruno.

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