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Samuel trabalha no Tribunal de Justiça analisando o desempenho do órgão | Hedeson Alves/Gazeta do Povo
Samuel trabalha no Tribunal de Justiça analisando o desempenho do órgão| Foto: Hedeson Alves/Gazeta do Povo

Verdadeiro ou Falso

Conheça melhor a profissão de estatístico:

O profissional sempre trabalha em conjunto com outras áreas do conhecimento.

Falso. Além da estatística aplicada, há a pesquisa dentro da própria área, normalmente desenvolvida dentro das universidades, e a possibilidade da docência.

Grande parte do trabalho do estatístico é feito dentro do escritório.

Verdadeiro. Apesar de poder planejar e supervisionar a coleta de dados, a maior parcela do trabalho desse profissional é feita no computador, em ambientes administrativos.

Desistência

Para tentar diminuir a desistência, a UFPR aplica o processo seletivo estendido para o curso de Estatística. Os candidatos passam por uma terceira fase, na qual frequentam as aulas e fazem avaliações ao longo do primeiro semestre do curso.

Foi-se o tempo em que o estatístico se voltava apenas para números e cálculos. Hoje a carreira exige habilidades mais amplas e diversificadas. Esse novo profissional deve se relacionar bem, falar outras línguas, entender profundamente de informática – pois terá de lidar inclusive com linguagens de programação – e gostar de ler.

"Principalmente se for trabalhar com estatística aplicada, deve se aproximar das outras áreas e ter um perfil eclético", explica Eraldo Schunk Silva, coordenador do curso de Estatística da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Samuel de Lima Junior, 26 anos, é um dos profissionais com esse novo perfil. Ele trabalha no Núcleo de Estatística e Gestão Estratégica do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, medindo por meio dos números o desempenho do órgão. "Há cinco anos o Conselho Nacional de Justiça quis regulamentar e fiscalizar todos os tribunais e viu a necessidade de medir o que eles estavam fazendo. Nós elaboramos esses relatórios com números de receitas, quantidade de processos novos, pendentes etc.", explica. Esses dados são usados tanto pelo Conselho quanto pelo próprio tribunal para balizar diversas decisões. "Se um prefeito vem solicitar a instalação de novas varas e comarcas na sua região, sabemos por meio da quantidade de processos se existe a real necessidade", exemplifica.

E não é só nos órgão públicos que o estatístico pode atuar. Existem mais de 20 subáreas nessa profissão que abrem um amplo leque de possibilidades no mercado. "As primeiras instituições da iniciativa privada a empregar foram as bancárias, em que ele pode fazer até análise de risco de investimentos. Há espaço também na área farmacêutica, nos departamentos de marketing e na indústria em geral", explica o coordenador do curso da UEM.Essa crescente demanda em diversas áreas está aquecendo o mercado e, consequentemente, aumentando os salários.

"A média salarial tem aumentado por causa dos poucos profissionais disponíveis no mercado. Há poucos formandos, cerca de 450 a 500 por ano", explica Doris Fontes, presidente do Conselho Regional de Estatística da 3.ª Região, responsável por São Paulo, Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Evasão

Outro fator que contribui para a falta de estatísticos no mercado é a grande evasão dos cursos. Os motivos variam desde o desconhecimento do público sobre o que realmente é a profissão até o alto grau de dificuldade da graduação. "O curso tem na grade curricular praticamente metade das disciplinas do curso de Matemática", conta Silva, que ressalta que é fundamental que o estudante tenha bastante afinidade com a matemática.

Ficha técnica

Conheça mais detalhes sobre o curso e a profissão:

Onde estudarSegundo o MEC, duas instituições ofertam o curso no estado: UFPR e UEM.

Duração do curso4 anos.

ConcorrênciaNa Federal, o último vestibular teve concorrência de 3,06 candidatos por vaga. Na UEM, concorreram 2,1 candidatos por vaga.

Disciplinas (UEM)Probabilidade 1 (1º ano), Algoritimos e Programação de Computadores (1º), Inglês Instrumental 2 (2º), Séries Temporais (3º), Análise de Dados Categóricos (4º).

MercadoO profissional formado em estatística tem opções de atuar tanto em órgãos públicos quanto na iniciativa privada. Eles podem participar de pesquisas científicas, setores financeiros, principalmente de bancos, ou em departamentos de marketing.

RemuneraçãoA categoria não tem piso salarial. Segundo o Conselho Regional de Estatística da 3ª Região, um recém-formado recebe entre R$ 2,5 e R$ 3 mil.

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