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Reuniões periódicas contam com a presença de membros das empresas incubadas e de dirigentes da Agência de Inovação | Marcos Borges / Gazeta do Povo
Reuniões periódicas contam com a presença de membros das empresas incubadas e de dirigentes da Agência de Inovação| Foto: Marcos Borges / Gazeta do Povo

Incubada

Envolvimento de professores é destacado por empresa júnior

Em agosto de 2012, a Agência de Inovação da UFPR formalizou, pela primeira vez, a incubação de uma empresa júnior. A Criatec é formada por graduandos dos cursos de Tecnologia em Aquicultura, Biocombustíveis, Biotecnologia, Agronomia e Ciências Biológicas – todos do setor Palotina – e presta serviços de consultoria nessas áreas, dando ênfase a temas que envolvam sustentabilidade.

Com 20 membros, a empresa completou seu primeiro aniversário em novembro do ano passado. Para o presidente-executivo, Matheus Antonio da Costa, além da considerável redução nos custos, é possível citar o suporte técnico-científico dos professores da instituição como a principal vantagem em estar incubado. "É o que assegura a qualidade dos serviços prestados", diz.

Vá atrás

A Agência de Inovação da UFPR trabalha com um edital permanente, portanto, não há um prazo específico para inscrições e avaliações de novos empreendimentos. Esses processos ocorrem durante todo o ano. Interessados em concorrer a uma vaga na incubadora devem entrar em contato com a Coordenação de Empreendedorismo e Incubação de Empresas da Agência de Inovação da UFPR (inovacao@ufpr.br).

Com exceção dos estudantes ligados às áreas de Administração e Economia, são raros os universitários que recebem formação sólida na faculdade para gerir um negócio. Visando suprir essa carência, algumas universidades contam com incubadoras de empresas, uma espécie de suporte para iniciativas empreendedoras que surgem na comunidade acadêmica. Os jovens empresários contam com assessoria contábil, financeira, jurídica e até espaço físico para trabalhar durante os primeiros anos de existência.

No entanto, não basta ter uma ideia original para ser aceito em uma incubadora. Em geral, somente projetos inovadores, frutos de pesquisa científica ou ligados ao desenvolvimento tecnológico é que são aprovados em um processo de seleção que inclui adequação a um edital e banca avaliadora.

A incubadora da Universidade Federal do Paraná (UFPR), vinculada à Agência de Inovação da instituição, possui hoje oito empresas incubadas e oito em estágio de pré-incubação, fase em que as iniciativas são adaptadas para ganhar viabilidade. Segundo a coordenadora de Empreendedorismo e Incubação da agência, Eliane Cordeiro Duarte, a incubadora é destinada exclusivamente ao público interno, incluindo professores, alunos, egressos e pesquisadores. Mesmo assim, há empresas residentes e não residentes, ou seja, algumas não estão na capital e nem usam as dependências da UFPR, mas são chanceladas pela instituição.

Exemplos

Para a Biogenomika, empresa que trabalha com soluções em biotecnologia voltadas ao agronegócio, o suporte oferecido pela universidade é essencial. "Atuamos numa área muito cara, então, a possibilidade de usar os equipamentos e a tecnologia da UFPR é o que nos permite desenvolver o trabalho", conta a gerente comercial da empresa e doutora em Engenharia Florestal, a bióloga Paula Rachel Rabelo Correa. As pesquisas da Biogenomika são feitas no laboratório de microbiologia da UFPR, localizado no Centro Politécnico.

No caso da Imunova: Análises Biológicas, foi a segurança oferecida pela tradição científica da universidade que motivou a criação da empresa na incubadora. "Este processo viabiliza a prospecção de novos mercados sem os riscos de se abrir uma empresa a partir do zero", diz Celso Fávaro Júnior, sócio-fundador da empresa, que trabalha com pesquisas para a indústria veterinária. A empresa tem pouco mais de um ano de existência, 11 sócios e usa três laboratórios da instituição.

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