• Carregando...
Desde a infância Bruno já mostrava afinidade com a carreira diplomática | Hedeson Alves/Gazeta do Povo
Desde a infância Bruno já mostrava afinidade com a carreira diplomática| Foto: Hedeson Alves/Gazeta do Povo

Salário

R$ 12.962,12 é o salário bruto inicial da carreira diplomática. O salário-base de um embaixador, ou ministro de primeira classe, que é o cargo do topo da carreira, tem como salário bruto R$ 18.478,45. Mais diversos benefícios.

Saiba mais

No país, o principal destino dos diplomatas é o Itamaraty, ou Ministério das Relações Exteriores:

Estrutura

Tem 141 embaixadas, 61 consulados, 11 vice-consulados e 13 missões com organismos internacionais.

Funções- Colher as informações necessárias à formulação e execução da política exterior do Brasil.- Executar as diretrizes de política externa estabelecidas pelo Presidente da República.- Negociar e celebrar tratados, acordos e demais atos internacionais e proteger cidadãos brasileiros no exterior.- Organizar, instruir e participar de missões especiais em conferências e reuniões internacionais.- Promover os produtos nacionais e tratar da promoção cultural do Brasil no exterior.

Ele representa, negocia, informa e protege os interesses brasileiros internacionalmente. Geralmente associado ao status e ao poder, o diplomata tem de ser uma pessoa que não tem preguiça de estudar – e estudar muito. A única maneira de seguir a carreira diplomática é passar por um dos processos seletivos mais difíceis do Brasil, o concurso do Instituto Rio Branco, responsável pela seleção e treinamento dos diplomatas brasileiros. Depois de aprovado no concurso, o servidor público federal passa pelo curso de mestrado em Diplomacia, que dura dois anos em tempo integral. Passada a formação, ele passa, em média, metade de sua vida profissional no exterior, em embaixadas, consulados ou missões com organizações internacionais. No Brasil, pode trabalhar no Itamaraty, na sede do Ministério das Relações Exteriores, em Brasília, ou em um dos nove escritórios de representação regional.

Persistência

Com o sonho de ser diplomata, depois de ter se formado em Relações Internacionais, em 2008, Bruno Quadros e Quadros abandonou o emprego para se dedicar aos estudos. Aos 24 anos, já prestou o concurso quatro vezes. "A cada ano o avanço é maior. Neste ano não passei para a segunda fase por meio ponto. É muito difícil, de mais de 7 mil candidatos só passam 300 nessa primeira fase", conta. Os diplomatas podem ter feito o curso superior, que é obrigatório, em qualquer área. Mas o maior número de inscritos vem principalmente dos cursos de Direito, Relações Internacionais, Economia e Comunicação Social. Bruno escolheu seu curso de graduação já de olho no Itamaraty. "Parecia que o curso de Relações Internacionais tinha sido feito para mim. É o que tem o currículo que mais se aproxima do que é exigido nas provas", diz. Ele conta que o interesse por política e história apareceu na infância.

"Eu ficava desenhando mapas e decorando capitais. Conforme fui amadurecendo isso se transformou em um gosto crescente por história e política. Fiz estágio em uma empresa onde tinha contato com diplomatas brasileiros e estrangeiros e vi que era o que eu queria. Ser diplomata é um estilo de vida, é saber lidar com conflito, com as diferenças, saber ouvir e ter vontade de aprender", diz.

O professor de Direito Inter­nacional da PUCPRLuís Alexandre Carta Winter diz que a carreira promissora e convidativa na diplomacia também é desafiante. "A ideia é que, para representar o país, sejam escolhidos os melhores, pessoas bem preparadas para essa função, que é de grande responsabilidade", afirma.

Mas Winter lembra que um dos pontos negativos na carreira é a falta de autonomia nas próprias ações. "Você é o porta-voz e nem sempre concorda com a política do governo. Mas tem de cumprir as ordens, pois como diplomata vai defender os interesses do país", diz.

Para Juliano Cortinhas, coordenador do curso de Relações Internacionais do Unicuritiba, as mudanças constantes também complicam a vida de quem segue a carreira. "Isso torna o trabalho desgastante, e as relações sociais e familiares são prejudicadas", conta. Por outro lado, as oportunidades de viagem também favorecem o crescimento pessoal. "É uma carreira que permite conhecer diversos países e culturas. Além disso, é bastante positivo fazer parte de uma estrutura bastante tradicional, respeitada mundialmente. Sem falar em todos os benefícios do funcionalismo público, bons salários, estabilidade e aposentadoria plena", diz.

Edital

O edital pra o concurso costuma ser lançado entre novembro e janeiro e a seleção acontece entre fevereiro e agosto. Para mais informações, acesse www.institutoriobranco.mre.gov.br.

Seleção

As provas de seleção do Instituto Rio Branco são aplicadas nas 27 capitais brasileiras. São quatro etapas eliminatórias ou classificatórias:

Primeira faseProva objetiva eliminatória com questões objetivas de Língua Portuguesa, História do Brasil e Mundial, Geografia, Política Internacional, Inglês, Direito Internacional Público e Noções de Economia e de Direito.

Segunda faseProva discursiva classificatória de Língua Portuguesa.

Terceira faseProvas discursivas classificatórias de História do Brasil, Geografia, Política Internacional, Inglês, Noções de Economia e de Direito Internacional Público.

Quarta faseProvas discursivas exclusivamente classificatórias de Espanhol e de Francês. Fonte: Instituto Rio Branco.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]