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Sandra está otimista em relação ao futuro da profissão e à Copa que se aproxima | Antonio Costa/Gazeta do Povo
Sandra está otimista em relação ao futuro da profissão e à Copa que se aproxima| Foto: Antonio Costa/Gazeta do Povo

Conheça melhor a rotina do profissional:

O turismólogo só viaja e se diverte muito.

Falso. Na maior parte do tempo o profissional de turismo faz planejamento. Seu trabalho é preocupar-se com o lazer do outro.

Quem se forma em turismo vira guia turístico.

Falso. Para ser guia turístico é preciso fazer um curso técnico de nível médio específico em instituições autorizadas pelo Ministério do Turismo.

O profissional de turismo pode fazer bacharelado ou tecnólogo.

Verdadeiro. Há cursos dos dois tipos no meio acadêmico e há vagas para ambos no mercado de trabalho.

A Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016 certamente vão mexer com a vida de todos os brasileiros. Mas para alguns profissionais em especial esses dois megaeventos trazem oportunidades únicas e promissoras. Quem trabalha na área de turismo já percebe positivas mudanças no setor e a perspectiva para quem está na faculdade é ainda melhor.

Desde o anúncio de que Curitiba seria uma das sedes da Copa, os técnicos e turismólogos da cidade ficaram com a certeza de que era preciso se capacitar. "Vai ser um divisor de águas, o turismo deixará de ser vinculado só ao lazer e passará a ter uma profissionalização mais séria", diz Ana Paula Lacerda Garcia, diretora da Cádiz Turismo e membro da direção da Associação Brasileira de Agências de Viagem (Abav-PR). Para Ana Paula, o legado da Copa para o turismo na cidade vai durar muitos anos e mesmo aqueles que ainda não estiverem atuando em 2014 poderão aproveitar os benefícios. "Até hoje há muita gente indo para a África. Curitiba deve se manter na mídia por muito tempo; vai ser bom mesmo para o pessoal que vem depois", diz a profissional, comentando sobre os efeitos da Copa na última sede.

Nas faculdades, o assunto domina as conversas entre universitários. Segundo o professor Bruno Martins Augusto Gomes, da UFPR, há uma grande expectativa por aumento de vagas de trabalho e cresceu o interesse pela linha de turismo e esporte. Mesmo a Olimpíada, no Rio de Janeiro, é vista como boa oportunidade para o desenvolvimento de programas e atividades voltadas para atletas que não pretendem restringir sua visita ao país a apenas uma cidade. Mas nem só de futebol ou esportes olímpicos vivem os empreendimentos ligados a esses eventos. Congressos, workshops e outras iniciativas paralelas e posteriores aos jogos devem envolver todos os campos de exercício da profissão. Esse é o alerta que faz o coordenador dos cursos de Turismo (bacharelado e tecnólogos) na Universidade Positivo Dario Paixão. Segundo o professor, a hotelaria, a gastronomia, a recepção de turistas e outros setores do turismo estarão todos vinculados.

Perfil

Sandra Corbare, 19 anos, é aluna do terceiro ano do curso de Turismo na UFPR, quer trabalhar na Copa do Mundo, está otimista com o futuro da profissão e dá a dica para quem pensa em prestar vestibular na área. "É preciso gostar de constante interação e relacionar-se bem com as pessoas. Possibilitar que alguém tenha boas férias é muito satisfatório", diz Sandra, que completa desfazendo um mito muito comum relacionado aos turismólogos: o de que profissionais da área só viajam e se divertem. "Na verdade nós trabalhamos para o lazer dos outros. A maior parte do que fazemos é planejar", conclui.

Além das qualidades interpessoais a necessidade de dominar idiomas estrangeiros é uma unanimidade entre profissionais e professores. Para quem quiser contar com um diferencial, vivência no exterior e conhecimento geral sobre outras culturas são muito bem-vistos pelo mercado. Podem dar vantagem na disputa por bons postos de trabalho na Copa e na Olimpíada.

Ficha técnica

Saiba mais sobre o curso e a profissão:

Onde estudarNo Paraná há 42 faculdades de turismo. Seis são públicas.

DuraçãoNa maioria das instituições o curso tem duração de três ou quatro anos.

MensalidadeA variação é grande, dependendo da faculdade. Na PUCPR, por exemplo, o investimento é de R$ 897.

ConcorrênciaNo último vestibular da Federal a concorrência foi de 7,08 candidatos por vaga.

DisciplinasPatrimônio e espaço turístico (1º período), Legislação (2º), Organização de empresas turísticas (3º), Planejamento e Gestão de Eventos (4º) e Relações Humanas (7º) são algumas das disciplinas na UFPR.

MercadoA área de atuação é ampla e tende a ficar ainda maior com a chegada da Copa e da Olimpíada. Em geral, as ocupações envolvem planejamento ou gestão nos setores de hotelaria, gastronomia, agenciamento, lazer, ecoturismo e eventos corporativos.

RemuneraçãoVaria muito dentro da iniciativa privada, podendo partir de R$ 800. No setor público o salário inicial gira em torno de R$ 2 a 4 mil reais.

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