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O Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal do Paraná (DCE-UFPR) aprovou a greve dos alunos da instituição no último dia 4. A partir daquela data, cada centro acadêmico (CA) da Universidade realizou reuniões para decidir sobre o apoio ou não ao movimento. O curso de Direito, entretanto, possui posicionamentos diferentes que não se limitam apenas ao CA.

Além do Centro Acadêmico Hugo Simas (CAHS), o curso possui três partidos que apresentam posições diferentes quanto aos movimentos grevistas: Partido Democrático Universitário (PDU), Partido Acadêmico Renovador (PAR) e o Coletivo MAIO. O CAHS, que representa todos os estudantes do curso, aprovou o apoio à greve em votação na última terça-feira (9), além de construir uma pauta específica do curso com reivindicações.

Segundo o presidente do PDU, Paulo Baggio, a paralisação das aulas pelos alunos descaracteriza as reais intenções do movimento dos funcionários e dos professores. "As greves são legítimas, mas só têm razão de ser por conta da necessidade de volta às aulas de toda a Universidade". Segundo Baggio, com os alunos em greve a pressão pelo retorno do ano letivo e pelas reivindicações dos servidores e docentes diminui.

Quem concorda com essa posição é Fernanda Ferronato, estudante do curso. Desvinculada dos partidos e do Centro Acadêmico, ela considera legítimo o movimento dos servidores, mas se diz contrária à greve dos alunos. "Muitas vezes as pautas dos estudantes não necessitam de medidas tão bruscas". Para a aluna, existem outras formas de conseguir essas reivindicações. Ela cita o exemplo do curso de direito. "Não conheço toda a pauta do DCE, nem julgo essas atitudes como negativas, mas ao menos no Direito algumas questões são resolvidas com a fiscalização dos alunos".

Favoráveis

O presidente do Partido Acadêmico Renovador (PAR), Maurício Rezende, reconhece que a greve não satisfaz ninguém. Segundo o estudante, entretanto, as paralisações são consequências do prejuízo no ensino público universitário. "A UFPR passa por dificuldades estruturais. Os movimentos grevistas buscam essas melhorias para que as aulas retornem com qualidade".

O Coletivo MAIO, outra organização do curso de Direito, também concorda com a greve, apesar de não ter uma adesão total dos membros ao movimento. Segundo Alice Novato, integrante do Coletivo, alguns não se posicionam nem contra, nem a favor, mas "em geral, apoiamos o movimento tanto dos servidores, quanto dos alunos". A posição do MAIO, segundo Alice, é "buscar que a UFPR cumpra sua função social de transformação da realidade".

Sobre os alunos contrários à greve, Alice, que também faz parte da comissão de greve dos alunos da Universidade, considera que as paralisações trazem malefícios temporários aos membros da Instituição e que com o movimento serão atingidos os objetivos para benefício de todos.

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