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Servidores estão paralisados desde junho

A Universidade Federal do Paraná (UFPR) já enfrenta paralisação em diversas atividades por causa da greve nacional dos servidores técnico-administrativos. A categoria está parada desde junho de 2011. Com a a paralisação, o retorno das aulas já havia sido adiado por duas vezes. Na última reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), a volta às aulas havia sido marcada para a próxima segunda-feira.

De acordo com a assessoria de imprensa da universidade, durante uma reunião na última quarta-feira, entre reitores de instituições federais de ensino superior e o ministro da Educação, Fernando Haddad; o reitor da UFPR, Zaki Akel Sobrinho, apresentou uma ata do Conselho Universitário (Coun) em que reconhece como legítima a paralisação dos servidores. O reitor também pediu que a negociação com a categoria seja rápida.

Ainda segundo a assessoria da UFPR, o Cepe fará um encontro hoje para decidir sobre o retorno do ano letivo. Como os servidores permanecem em greve, os alunos podem voltar a ter aulas somente no dia 22 de agosto.

Os professores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) rejeitaram por unanimidade a proposta de reajuste salarial apresentada pelo Ministério do Pla­ne­ja­mento – a assembleia foi realizada na tarde de ontem, com a presença de cerca de 170 docentes. A categoria, agora, ameaça entrar em greve no próximo dia 19, uma sexta-feira.

Na terça-feira, os professores farão uma votação para decidir se dão início ou não à paralisação da categoria. Se aprovada, a greve começa no dia 19, em função do cumprimento de uma lei que determina que o movimento grevista deve informar com 72 horas de antecedência sobre a decisão ao governo.

Negociação

Atualmente a categoria possui, além do salário base, duas gratificações. A proposta do governo federal sugere que uma delas seja incorporada ao vencimento. Segundo o secretário-geral da Associação dos Professores da Universidade (Apufpr), Rogério Miranda Gomes, a proposta foi rejeitada por "não acrescentar melhorias salariais ou trabalhistas aos professores". Gomes disse que, "se o quadro não mudar até a próxima segunda-feira (15), quando haverá uma nova reunião da categoria com representantes do governo, o caminho será o início da greve".

O presidente da Apufpr, Luis Allan Künzle, disse que a tendência é que a categoria inicie mesmo a paralisação com o encontro de terça-feira. "Pelo histórico das últimas duas assembleias da Associação dos Professores, que já sinalizavam para a rejeição de propostas do governo federal, a tendência é para o início da greve".

A sugestão do ministério, segundo o presidente da Apufpr, aumentaria apenas os vencimentos dos professores que exercem a profissão desde 1998. Essa parcela receberia um aumento salarial de 1% ao ano. "Essa ampliação não abrange a totalidade dos professores e, mesmo para quem receber, será uma diferença pequena".

Amanhã, as seções sindicais das universidades federais do Brasil farão um encontro em Brasília para analisar as decisões de encontros realizados em cada estado do país. A última paralisação das atividades dos docentes da UFPR ocorreu em 2001 e teve duração de 90 dias, segundo Künzle.

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