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Laiza  vê no ensino superior a possibilidade de realização pessoal | Fotos: Antônio More / Gazeta do Povo
Laiza vê no ensino superior a possibilidade de realização pessoal| Foto: Fotos: Antônio More / Gazeta do Povo
  • Confira outras informações da pesquisa

Expressão da própria identidade, sucesso profissional e realização pessoal. Os benefícios e transformações que o ensino superior traz ao jovem universitário brasileiro são revelados em pesquisas e confirmados com o exemplo de vida daqueles que acabam de chegar, estão saindo ou já passaram pelos anos de faculdade

Sob muitos aspectos, o tempo de faculdade é único. A tese de que o senso comum é capaz de deduzir foi aprofundada e confirmada por recentes pesquisas que revelam as expectativas e o modo como o jovem universitário brasileiro vê essa fase da vida. Mais do que conhecimento acadêmico, o ensino superior exige a tomada de decisões que podem ter conse-quências para o resto da vida e possibilita conquistas muito mais duradouras do que qualquer sucesso já obtido com a formação anterior. Os jovens, dizem as pesquisas, sabem disso e vinculam diretamente a faculdade à realização profissional e pessoal.

A profissão escolhida, aliás, chega a ser apontada como um caminho para viver com satisfação. É o que apresenta o Projeto Sonho Brasileiro, pesquisa divulgada no mês de junho e realizada pela Box1824, empresa que atua no mapeamento de tendências de comportamento. Fazer o que se gosta é um valor colocado acima do próprio sucesso financeiro, mostrando uma mudança de pensamento sobre o trabalho em relação aos universitários de décadas anteriores.

Membro dessa nova geração, Laiza Aparecida Duarte, 18 anos, chegou à Universidade Federal do Paraná (UFPR) neste ano, depois de conquistar uma vaga no curso de Educação Física. A vontade de trabalhar em escolas aliada à preferência por esportes fez a estudante decidir pela área. "Ninguém escolhe Educação Física para ficar rico. Optei pela área porque gosto e sei que serei uma pessoa realizada no meu trabalho", diz Laiza, que destaca como experiência marcante ,nesses primeiros meses de faculdade, as aulas que já pôde dar a crianças do ensino fundamental. "No ensino médio eu era só uma aluna, agora vejo os professores como futuros colegas e passo pelas mesmas situações que eles passam", conta.

Conquista

A realização pessoal, no entanto, não vem só como consequência do ensino superior, mas é reconhecida na própria chegada a essa fase. Em uma pesquisa realizada pela agência especializada em marketing jovem Namosca, divulgada em 2010, universitários de várias capitais do país responderam qual seria o acontecimento mais importante no estágio de vida que estavam vivendo. A aprovação no vestibular foi a resposta de 20% dos entrevistados, o mais alto porcentual obtido, superior a opções como o início da vida sexual (11%) ou a saída da casa dos pais (9%).

A sensação de vitória é ainda mais intensa para os persistentes, como Mathias Augusto Ramos Lima, de 20 anos, que foi aprovado no curso de Medicina depois de dois anos e meio frequentando cursos preparatórios, e prestando sete vestibulares em diferentes instituições. Mathias inicia os estudos neste mês, na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e se prepara para uma reviravolta na sua rotina. Com a família em Curitiba, ele deixará a casa dos pais e terá de lidar sozinho com os afazeres domésticos. "Eu sei que tenho vocação para o curso, então vai valer a pena", afirma.

Os dados obtidos pelo Projeto Sonho Brasileiro também confirmam o valor dado pelos jovens à universidade. Das 1.784 pessoas que participaram da pesquisa, 55% vincularam o estudo e a profissão ao seu maior sonho. Entre os 79% dos jovens ouvidos que não passaram ou não estão no ensino superior, 84% citam a vaga na faculdade como meta.

Identidade

A satisfação com o ensino superior surge nos dados de forma mais evidente entre aqueles que afirmam identificar-se plenamente com o que estudam. Pensar na profissão e no curso que frequenta como expressão da própria identidade é o que faz a fotógrafa Viviane Carrer Mafioleti, de 23 anos. A estudante do 2.º ano de Design na Universidade Positivo (UP) é fascinada por comunicação visual, e vê no próprio interesse por imagens a maior motivação para o trabalho que desenvolve. "As imagens têm uma grande importância no nosso dia a dia e o design está em tudo. Trabalhar e estudar com aquilo de que gosto é muito bom", diz Viviane.

Segundo dados da pesquisa Namosca, esse contentamento que surge da identificação com o curso que se estuda é compartilhada por 69% dos universitários. Uma visão ainda mais positiva é citada por 59% dos entrevistados. Para eles, os anos de faculdade são definidos como os melhores de suas vidas.

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Interatividade

Você concorda que os anos de faculdade são os melhores da vida de uma pessoa? Como está sendo sua experiência na universidade?

Escreva para vidauniversitaria@gazetadopovo.com.br ou comente abaixo.

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