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Integrantes do LEC durante monitoramento de desova de uma tartaruga-de-couro. | Divulgação / LEC
Integrantes do LEC durante monitoramento de desova de uma tartaruga-de-couro.| Foto: Divulgação / LEC

Estudos desenvolvidos no Paraná são levados para o exterior

As pesquisas do Laboratório de Ecologia e Conservação de Mamíferos e Répteis Marinhos (LEC) não se restringem ao litoral paranaense. Com bolsas de estudo do programa federal Ciência sem Fronteiras (CsF), alunos vinculados ao laboratório puderam expandir os horizontes de suas pesquisas. Hoje, dois alunos participam de intercâmbios na Califórnia e em Nova York, nos Estados Unidos. No próximo semestre, mais dois jovens embarcarão para a Flórida e outro estudará no Havaí. Para a coordenadora do LEC, Camila Domit, a apresentação de pesquisas em outros países beneficia o trabalho nas praias paranaenses. "Buscamos, a partir de um estudo, alternativas para atividades humanas menos impactantes, que permitam o desenvolvimento econômico [da região] dentro de um conceito de sustentabilidade." Além das bolsas oriundas do CsF, alunos do LEC estão vinculados ao CNPq, à Fundação Araucária e a projetos da Fundação Grupo Boticário.

Um grupo formado por cerca de 20 pesquisadores trabalha desde 2008 na preservação da biodiversidade do litoral paranaense. Alunos dos cursos de Biologia, Oceanografia e Medicina Veterinária, mestrandos, doutorandos e professores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) somam forças e integram o Laboratório de Ecologia e Conservação de Mamíferos e Répteis Marinhos (LEC), vinculado ao Centro de Estudos do Mar da universidade.

Coordenado pela bióloga Camila Domit, o laboratório dá ênfase a espécies ameaçadas de extinção, com atenção especial à fauna "carismática", composta por tartarugas, golfinhos e lontras. "É chamada de carismática porque esses animais são aqueles que chamam a atenção das pessoas", explica Camila. No LEC, não existe rotina, já que muitas atividades dependem do tempo lá fora. "Às vezes, saímos com chuva ou sol para verificar alguma denúncia. Se chove, costumamos cancelar saídas com barcos e ficamos no laboratório. A dinâmica é intensa e exige muitas horas em campo."

O trabalho inclui o monitoramento das praias, saídas para fazer a estimativa de população de animais e comportamento das espécies, dissecação e armazenamento de amostras biológicas e atendimento de ocorrências em que bichos são encontrados mortos. Além disso, cada pesquisador desenvolve projetos particulares, como a oceanógrafa Valéria Fernanda Coelho, que faz mestrado na UFPR pesquisando tartarugas-marinhas. "A equipe está sempre muito unida para dar conta de tudo e fazer um bom trabalho", afirma. Também dão apoio ao LAC professores do Laboratório de Patologia da Universidade Estadual de Londrina (UEL), de Genética da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) e da Associação Mar Brasil.

Os integrantes do laboratório ainda conduzem atividades de conscientização com comunidades locais e pescadores artesanais, coletam e repassam informações a entidades de interesse – como o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Ministério Público – e desenvolvem estudos identificados como prioritários pelo governo federal nos Planos de Ação Nacional para a Conservação das Espécies Ameaçadas.

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