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Alguns dos professores ainda não receberam o salário de dezembro e outros ficaram sem os benefícios referentes ao 13º e às férias | Valterci Santos/Gazeta do Povo
Alguns dos professores ainda não receberam o salário de dezembro e outros ficaram sem os benefícios referentes ao 13º e às férias| Foto: Valterci Santos/Gazeta do Povo

Os professores da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP) resolveram não cumprir a ameaça de greve marcada para a próxima segunda-feira (6), início do ano letivo. A decisão foi tomada em uma assembleia na noite desta quinta-feira (2), depois da análise de uma contraproposta da UTP realizada no mesmo dia para o pagamento de salários e benefícios atrasados.

A Tuiuti se comprometeu a pagar nesta sexta-feira (3) as parcelas do 13º ainda não depositadas e até o dia 16 de fevereiro os salários de dezembro atrasados. No dia 24 de fevereiro haverá uma nova reunião entre a instituição e o Sindicato dos Professores de Ensino Superior de Curitiba e Região Metropolitana (Sinpes) para verificar a execução do pagamento em atraso das verbas rescisórias de professores demitidos e das falhas nos depósitos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) de alguns docentes.

No dia 3 de março, os professores se reunirão novamente e, caso a UTP não cumpra as promessas feitas, deverão entrar em greve. Dos quase 70 professores presentes na assembleia de ontem, 46 votaram a favor do adiamento da greve contra 6. O restante se absteve de votar. Segundo o Sinpes, a categoria ponderou ainda o fato de ser início de ano letivo e que a ação poderia prejudicar os alunos.

De acordo com Valdyr Perrini, vice-presidente do Sinpes, a UTP também prometeu ser mais equânime no pagamento dos professores. "Não era possível entender os critérios de depósitos da universidade. Alguns professores recebiam salário e outros não, de acordo com o que estava mais atrasado ou por outros motivos. Na reunião de ontem, a UTP disse que a partir de agora, assim que tenha dinheiro para pagar, o fará de modo proporcional a todos, a cada 10 dias, até regularizar a situação", afirmou.

Sem FGTS

Um dos problemas mais graves na UTP é a negligência no pagamento do FGTS. O ex-professor do curso de Odontologia da UTP, Dewet Virmond Taques Junior, 70 anos, por exemplo, nunca teve depositado o correspondente ao benefício em 18 anos de trabalho. "Fui demitido sem justa causa em 22 de dezembro e até agora não recebi nada. Minha mulher está com câncer e nem posso retirar o FGTS, pois a Tuiuti não cumpriu a lei trabalhista", lamenta.

De acordo com o Sinpes, outras instituições de ensino superior em Curitiba como o Centro Universitário Campos de Andrade (Uniandrade) e a Faculdade Espírita do Paraná também devem parcelas do FGTS a seus professores e respondem a processos na Justiça.

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