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O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) decidiu retomar o calendário acadêmico na próxima segunda-feira (29). Com isso, as aulas e demais serviços da instituição serão liberados já na semana que vem aos "alunos, funcionários e professores que quiserem voltar às atividades", de acordo com a universidade.

A retomada foi aprovada pelo conselho em reunião nesta quarta-feira, por 15 votos a seis. Com isso, serviços como o Restaurante Universitário do Centro Politécnico, o transporte do centro até o câmpus e o Portal do Aluno já voltarão a funcionar, mesmo com a continuidade da greve dos servidores e professores.

Em comunicado, o reitor da UFPR, Zaki Akel Sobrinho, afirmou que "não podemos impedir o trabalho de quem quer voltar, mas quem está em greve não será obrigado a retomar as atividades".

Professores

De acordo com o secretário-geral da Associação dos professores da UFPR (APUFPR), Rogério Gomes, a retomada do calendário não representa "de maneira alguma" a volta às aulas.

"O movimento de greve está muito forte e, por isso, as aulas devem continuam paradas. Um ou outro professor podem voltar, mas a maioria seguirá em paralisação", afirma Gomes.

Segundo ele, a postura da UFPR representa apenas uma retomada "formal" do calendário, não das aulas. "O calendário é reiniciado, mas sem professor em sala de aula, sem funcionamento da universidade", diz.

Gomes explica que as pautas nacional e local do movimento continuam travadas. Ele conta que ontem (23) a reitoria entregou uma proposta para as reivindicações dos professores, mas ela não chegou a ser aprovada.

A discussão nacional em torno do reajuste de salários da categoria também está parada. Também nesta terça-feira, foi rejeitado um aumento de 4% proposto pelo governo federal.

A exigência do movimento grevista é de um reajuste de 50% no piso da categoria, de acordo com Rogério Gomes.

Servidores

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral do Estado do Paraná (Sinditest), que está reunido em assembleia na tarde desta quarta-feira, ainda não manifestou uma posição oficial sobre a decisão do Cepe.

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