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Bazar do Unicuritiba usa cédulas de "curi" como câmbio para a compra de objetos e roupas usados. | Eneas Gomez / Unicuritiba
Bazar do Unicuritiba usa cédulas de "curi" como câmbio para a compra de objetos e roupas usados.| Foto: Eneas Gomez / Unicuritiba
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Propaganda antiga não vai para o lixo

Divulgação / UniBrasil

Nas Faculdades Integradas do Brasil (UniBrasil), uma parceria com o Clube de Mães União Vila das Torres possibilita o reaproveitamento de banners institucionais feitos de lona. O material é usado pelas costureiras do clube como matéria-prima e transformado em bolsas e estojos (foto).

A cooperação teve início em 2009 e a doação dos banners é feita a cada seis meses. Depois de pronto o serviço, a UniBrasil compra todos os produtos e os distribui como presentes a palestrantes e visitantes da faculdade. A faculdade paga entre R$ 12 e R$ 15 por bolsa.

"A intenção é ajudar o Clube de Mães a gerar renda, além de contribuir com o meio ambiente. Se não doássemos o material, provavelmente ele seria jogado fora", diz Adriane Leopardo Gonçalves, responsável pelas relações públicas da UniBrasil.

O Clube de Mães recebe doações desse tipo de material de várias fontes. Em 2010, a prefeitura de Curitiba doou à organização boa parte da decoração usada para enfeitar a cidade para a Copa do Mundo. Em setembro de 2012, a administração do Coritiba também entregou às costureiras 40 lonas de publicidade usadas no Couto Pereira. O material deu origem a 1,2 mil bolsas ecológicas. (JDL)

Interatividade

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Discutir e conscientizar os estudantes sobre a importância da sustentabilidade é sempre bom, mas, ao tratar de um tema que prega em sua essência a mudança de atitude, seria uma incoerência se as próprias instituições de ensino não dessem seu exemplo com ações práticas. A reportagem foi atrás de iniciativas que vão além da exposição do assunto em sala de aula e encontrou programas que buscam promover uma autêntica mudança de comportamento, visando à responsabilidade ambiental. Confira:

Abaixo os copos descartáveis!

Gilberto Abelha / UEL

Para reduzir o volume de lixo produzido pela comunidade acadêmica, o Restaurante Universitário da Universidade Estadual de Londrina (UEL) trocou, desde março, o uso de copos descartáveis por canecas plásticas (foto). Além de acabar com o gasto de 690 mil copos por ano, a medida representa uma economia de R$ 18 mil para a universidade.

"Um copo descartável derivado de petróleo leva até 50 anos para se degradar na natureza", diz a diretora do Serviço de Bem-Estar à Comunidade (Sebec), Andreza Daher Delfino Sentone, responsável pelo programa ReciclaUEL. Como cada aluno da instituição recebe a própria caneca, o utensílio é sempre reutilizado nas refeições, uma prática que não causa danos ao meio ambiente. Ao todo, foram distribuídas cerca de 10 mil canecas aos alunos. Quem perde o utensílio se responsabiliza por comprar um novo item.

Ideia propagada

Práticas semelhantes têm se espalhado por universidades de todo o país. Em março de 2012, a Universidade Federal do Paraná (UFPR) lançou uma iniciativa parecida, reduzindo o volume de copos descartáveis de café e água e trocando-os por canecas. Alguns câmpus da Universidade de São Paulo (USP) fizeram o mesmo, em 2011.

Dinheiro social e consumo consciente

Uma vez por ano, alunos, funcionários e professores do Centro Universitário Curitiba (Unicuritiba) têm a oportunidade de participar do Brechic Bazar Solidário, evento que promove o consumo consciente e a redução no volume de descarte de roupas, calçados, livros, CDs e utensílios domésticos em geral.

Cerca de um mês antes do bazar, o Núcleo de Pesquisa e Extensão Acadêmica (NPEA) abre a campanha de arrecadação dos produtos que serão ofertados durante o evento. Os materiais entregues são avaliados e o doador recebe cédulas de "curi". Assim, quem doa um livro ganha 5 curis, brinquedos simples valem 2 curis... É com esse "dinheiro social" que as trocas ocorrem.

Neste ano, a 4ª edição do evento foi promovida em maio, com uma arrecadação de aproximadamente 700 produtos. "A gente brinca, dizendo que, em vez de ir ao shopping, é melhor vir aqui", diz a supervisora do núcleo, Cíntia Rubim. Segundo ela, a iniciativa é um instrumento para promover a cultura da reutilização, tornando mais longa a vida útil dos objetos.

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