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Para Ricardo Branco, sem a carteirinha de estudante, sua vida social seria reduzida. | Marcelo Andrade / Gazeta do Povo
Para Ricardo Branco, sem a carteirinha de estudante, sua vida social seria reduzida.| Foto: Marcelo Andrade / Gazeta do Povo
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Falta consenso no setor de casas noturnas

Jonathan Campos / Gazeta do Povo

Pricila Massuchetto (foto), aluna de Comunicação Institucional na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), usa a carteirinha de estudante para ir ao cinema, teatro e shows e também já apresentou o documento para conseguir meia-entrada e gastar menos na balada. "Não são muitos que sabem do desconto para estudantes em baladas", diz.

Há no setor de bares uma antiga discussão sobre a legalidade ou não de se aceitar a carteirinha de estudante. Embora, em tese, esses estabelecimentos se enquadrem no que diz a lei da meia-entrada, representantes da categoria argumentam que o foco principal do ramo é gastronomia e venda de bebidas alcoólicas, por isso não se enquadrariam nas exigências da legislação.

Políticas próprias

A categoria também defende que, quando está agregado ao ingresso algum outro tipo de serviço, como bebidas liberadas, não há como desvincular os valores na cobrança. As dúvidas levam a uma variedade de procedimentos. "Na prática, cada estabelecimento tem definido sua política", diz Fábio Aguayo, presidente da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas do Paraná.

O Procon-PR, porém, informa em seu site que bares e danceterias são obrigados a ofertar a meia-entrada. (JDL)

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40% de cota

Tramita no Congresso Nacional um projeto de lei (PL) que pretende limitar 40% do total de ingressos disponíveis à meia-entrada. O PL 4.571/2008 foi aprovado recentemente pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados. Além de reduzir os ingressos disponíveis, o projeto pretende limitar o direito de emissão de carteirinhas válidas a algumas entidades estudantis, como a União Nacional dos Estudantes (UNE). Carteirinhas de faculdades deixariam de ser válidas, o que, segundo os defensores do projeto, diminuiria o volume de falsificações.

Estudante ganha mal e gasta muito. Há exceções, é claro, mas a sentença é verdadeira para a maioria dos jovens brasileiros que estão na faculdade. Para equilibrar a diferença entre despesas e rendimento, leis e acordos garantem vantagens a quem está matriculado em um curso universitário. Separamos aqui algumas das áreas e serviços em que há boas oportunidades de descontos. Confira onde e como aproveitar os benefícios e economizar:

Bancos

Grandes redes bancárias são ávidas por atrair universitários, já que há boas chances de o estudante se manter como correntista quando se formar. Por isso, tarifas de serviço são reduzidas e crédito é concedido sem grandes exigências. O Banco do Brasil, por exemplo, não pede comprovação de renda para abrir uma conta universitária, concede seis meses de isenção de taxas, envia saldo e extrato gratuitamente para celular e oferece um cartão de crédito com limite de R$ 800. O Itaú oferece serviços parecidos, com R$ 1 mil de crédito. Após o primeiro semestre de isenção, os bancos cobram taxas abaixo de R$ 4, valor menor que a tarifa normal. Instituições privadas também oferecem opções semelhantes ao Financiamento Estudantil (Fies), da Caixa Econômica. O Crédito Pessoal Graduação é um tipo de financiamento do HSCB voltado a formandos de universidades conveniadas e cobre 100% das mensalidades dos dois últimos semestres.

Cultura

Nenhum outro setor da economia concede tanto desconto aos universitários quanto a cultura. A Lei Estadual 11.182/1995, que especifica o direito de meia-entrada aos estudantes em estabelecimentos como cinemas, teatros e museus, permite uma enorme economia ao universitário. Em um sábado à noite, para assistir a um filme sem projeção 3D no UCI Estação, por exemplo, em vez de pagar R$ 19, um estudante gasta R$ 9,50. Se o preço ainda parecer salgado, o aluno pode pagar apenas R$ 4 para ver o mesmo filme, no mesmo cinema, em uma segunda-feira. Quem opta por cinemas localizados em shoppings menores e dias específicos paga ainda menos. Com a carteirinha de estudante, na última quinta-feira do mês, o universitário consegue comprar um ingresso por R$ 3,50 no Cine Água Verde e no Cineplus Xaxim.

Livrarias

As duas maiores editoras universitárias de Curitiba, a Editora UFPR e a Editora Champagnat, fornecem descontos às suas comunidades acadêmicas. Um aluno da PUCPR pode comprar qualquer exemplar na Livraria Champagnat (no bloco da Escola de Educação e Humanidades) com 10% de desconto. Há ainda promoções mensais de livros de outras editoras em que o desconto chega a 25%. Já obras com a marca da Editora UFPR podem ser obtidas por estudantes da instituição por um preço 20% menor. Livros de outras editoras universitárias também saem mais barato, com desconto de 10%. Compras on-line não estão na promoção, portanto, para economizar, é preciso ir até as livrarias da editora, que ficam no bloco Dom Pedro II, na Reitoria, e no Centro de Convivência do Centro Politécnico.

"A pipoca fica mais cara que o filme"

Para o aluno de Jornalismo das Faculdades Integradas do Brasil (UniBrasil) Ricardo Branco, a carteirinha de estudante é fundamental e, sem ela, sua vida social provavelmente seria bastante reduzida. Ele vai ao cinema com a namorada duas vezes por mês e não tem dúvidas de que a atual rotina só é possível graças ao desconto. "Pagando meia-entrada, a pipoca fica mais cara que o filme", diz. Morador do Xaxim, Branco varia entre a opção mais em conta do cinema próximo de sua casa e as salas dos grandes shoppings, com preço mais elevado. Fã de pagode, ele diz que também aproveita a oportunidade de economizar em shows. "No ano passado, fui ao show do Sorriso Maroto, que estava muito caro. Se não fosse pelo desconto, não tinha como ir. Nem pensar!"

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