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Veja os cuidados que você deve tomar ao mudar de cidade |
Veja os cuidados que você deve tomar ao mudar de cidade| Foto:

Reflexão - decisão precisa ser bem pensada

Quem pensa em sair de casa para estudar no interior deve estar preparado para se distanciar da família e do grupo de amigos. Além disso, deve se lembrar de que, longe dos pais, haverá tarefas domésticas, como cozinhar, arrumar a casa e pagar contas. Segundo a psicóloga Ingrid Caroline de Oliveira Ausec, da Pró-Reitoria de Graduação da UEL, o tempo e a capacidade de adaptação à nova rotina dependem das características de cada estudante. "Se o aluno tem um vínculo maior com a família, menos autonomia, ele terá maior nível de sofrimento", afirma.

A sensação de euforia provocada pela liberdade repentina normalmente dura pouco, explica a psicóloga Lucia Pereira Wolf, do Centro Médico Psicológico e Social da UEPG. "O jovem que nunca saiu de casa e teve uma educação com bastante proteção chega aqui com muita vontade. Mas logo no primeiro mês ele cai em si e percebe que perdeu as mordomias que tinha em casa", alerta. Alguns jovens ficam tão perdidos com as novas responsabilidades que não conseguem organizar nem a sua vida acadêmica. Outros saem de casa apenas para se ver livres do controle familiar e acabam não levando o curso a sério. "O que vemos bastante são jovens que vêm de estrutura com falta de diálogo com a família. De uma hora para outra eles estão aqui, livres, leves e soltos. Como na faculdade não há controle sobre os alunos, eles não vão para a aula. Às vezes a família só descobre o que está acontecendo quando o estudante reprova por falta", afirma.

União - sete faculdades formam a UEPR

A UEPR agregará sete faculdades estaduais: Escola de Música e Belas Artes do Paraná (Embap), Faculdade de Artes do Paraná (FAP), Faculdade Estadual de Ciências e Letras de Campo Mourão (Fecilcam), Faculdade Estadual de Ciências Econômicas de Apucarana (Fecea), Faculdade Estadual de Educação, Ciências e Letras de Paranavaí (Fafipa), Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Paranaguá (Fafipar) e Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de União da Vitória (Fafiuv).

Avaliações

Veja alguns cursos estaduais que receberam cinco estrelas (nota máxima) na última avaliação do Guia do Estudante Abril, divulgada em 5 de outubro. Confira também a nota que essas mesmas graduações tiveram no Conceito Preliminar de Curso do MEC:

UEL (11 cursos)- Fisioterapia –CPC=4

- Medicina Veterinária – CPC=4

Unioeste (1 curso)- Secretariado Executivo(câmpus Toledo)* – Enade=5

Unicentro (1 curso)- Engenharia Florestal – CPC=4

UEPG (2 cursos)- Agronomia – CPC=5

- Serviço Social* – Enade=4

UEM (4 cursos)- Farmácia – CPC=4

- Zootecnia – CPC=3

* O CPC desses cursos não está na base de dados on-line do MEC.

Procedência

De onde vieram os candidatos inscritos nos vestibulares de verão 2010 de algumas estaduais:

UEL

- Total de inscritos – 22.300

- Outras cidades do Paraná – 7.857

Unioeste

- Total de inscritos – 13.952

- Curitiba – 265

UEPG

- Total de inscritos – 8.670

- Curitiba – 471

  • Adalgisa vai prestar vestibular em Ponta Grossa, na UEPG
  • Veja as opções oferecidas pelas universidades federais

Em breve o Paraná deverá ganhar mais uma universidade estadual e os estudantes mais opções públicas fora da capital. Na semana passada, foi assinada a implantação da Universidade Estadual do Paraná (UEPR), que será mais uma opção de ensino superior gratuito de qualidade no estado. A instituição será a sétima universidade pública do Paraná e irá agregar sete faculdades estaduais. Em tamanho, a UEPR será a terceira maior, com 12 mil alunos e 2.204 novas vagas em 39 cursos já no fim do ano.

A presença das estaduais e a oferta de cursos de instituições federais no interior ampliam as possibilidades dos vestibulandos e atraem até mesmo curitibanos. Se até a década de 1970 os estudantes que terminavam o ensino médio buscavam formação superior em Curitiba, hoje há quem faça o caminho inverso. Esse é o caso de Ronaldo Trancoso Junior, 22 anos, aluno do quarto ano de Jornalismo na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Ele prestou vestibular na UEPG para aumentar as chances de aprovação e acabou conquistando uma vaga fora da capital. "Tentei duas particulares de Curitiba, a UEPG e a Universidade Federal do Paraná (UFPR). Passei para a segunda fase da UFPR, só que não fui aprovado. Minha família queria que eu ficasse em Curitiba, mas achei que seria uma experiência nova e hoje não me arrependo", diz.

E ele não está só. No último vestibular de verão da UEPG, 5% dos candidatos (471 estudantes, de um total de 8.670) eram de Curitiba e 47% de Ponta Grossa. No vestibular de inverno deste ano, 8% dos estudantes disseram que moravam na capital paranaense e 36% em Ponta Grossa.

Concorrência acirrada

Embora os estudantes "forasteiros" busquem mais chances de aprovação, a concorrência no interior nem sempre é menor do que na capital. No vestibular de verão de 2009, o número de candidatos por vaga no curso de Medicina da UEPG foi bem superior ao da UFPR – 79,57 na estadual, contra 34,23 da federal. Mesmo assim, a estudante Adalgisa Carzino Hack, 20 anos, aluna do Curso Decisivo, busca uma oportunidade em Ponta Grossa. "Em 2008 eu prestei vestibular lá e foi a prova que fiz com mais tranquilidade. São dois dias de exame e as provas não são tão exaustivas", avalia.

Além da futura UEPR e da UEPG, existem mais cinco universidades estaduais: de Londrina (UEL), de Maringá (UEM), do Oeste do Paraná (Unioeste), do Centro Oeste do Paraná (Unicentro) e do Norte do Paraná (Uenp), criada em 2006 e com sede em Jacarezinho. "Tínhamos apenas a UFPR e todo o interior estava vazio. Na década de 1970, decidiu-se criar a UEL, a UEM e a UEPG, levando para o interior o que os estudantes tinham de buscar na capital. A UEL é a única que não tem unidades fora da cidade. Todas as outras têm um sistema multicampi", afirma o secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Nildo José Lübke.

Cursos bem avaliados

Quando decidiu concorrer a uma vaga longe de Curitiba, Jéssica Liliane Nascidem, 18 anos, teve a preocupação de escolher cursos bem avaliados pelo Ministério da Educação (MEC). Ela vai prestar vestibular para Medicina em quatro instituições públicas: Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, Universidade Federal do Acre, UEPG e Unioeste. "A nota de Medicina da Federal do Acre é a mesma nota dos cursos da UFPR e da Unioeste", diz.

Os cursos de Medicina foram avaliados pelo MEC em 2007. Tanto a UFPR quanto a Unioeste receberam 3 no Conceito Preliminar de Curso (CPC). O CPC vai de 0 a 5 e avalia a infraestrutura do curso, os recursos didáticos, a qualificação dos professores e as notas dos estudantes no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade).

Paraná ganhará mais um curso de Medicina

Os estudantes de Londrina devem ganhar um novo curso de Me­­di­­cina nos próximos anos, ofertado pela Pontifícia Uni­­versidade Cató­li­ca do Paraná (PUCPR). Segundo o vi­­ce-reitor, Paulo Mussi Augusto, o pro­­jeto da nova graduação está pron­­to e aguarda autorização do Mi­­nis­­tério da Educação (MEC) e do Con­­selho Nacional de Saúde. "Tal­­vez ele tenha início em 2012. O curso forma­­rá um profissional com uma vi­­são mais generalista, mais voltado pa­­ra a medicina da família", adianta.

Com sede em Curitiba, a PUCPR oferta cursos em Lon­drina e Toledo desde 2002. Em 2004, a universidade iniciou sua atuação em Maringá e São José dos Pinhais. Segundo Paulo, existem cerca de 28 mil estudantes matriculados em Curitiba e quase 5,5 mil no interior. Os cursos mais procurados fora da capital são Agronomia e Medicina Veterinária, em To­­ledo, e Sistemas de Infor­mação, em Londrina.

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