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Lucas não vai esperar a formatura para abrir sua empresa de rodinhas de skate | Hedeson Alves/Gazeta do Povo
Lucas não vai esperar a formatura para abrir sua empresa de rodinhas de skate| Foto: Hedeson Alves/Gazeta do Povo

Feira de Gestão

Nos dias 5, 6 e 7 de outubro, o centro universitário FAE, de Curitiba, promove a décima edição da Feira de Gestão, no câmpus Centro da FAE e no Estação Convention Center. Serão realizados fóruns, palestras, debates e painéis com profissionais de diversas áreas de gestão, como Belmiro Valverde Castor e Ruy Sant’Ana.

Com o aumento da concorrência e o grau de exigência cada vez maior das empresas, o diploma de curso superior não é mais garantia de um bom emprego. Por isso o empreendedorismo é a palavra de ordem e algumas universidades se preocupam em preparar o estudante tanto para se tornar empregado quanto para tocar o próprio negócio.

Para a presidente da Comissão Permanente de Processo Seletivo das Faculdades

Integradas do Brasil (UniBrasil), Wanda Camar­go, o emprego com carteira assinada e garantias trabalhistas não é tão comum como era há alguns anos. "O aluno deve estar preparado para sair daqui e administrar, ele próprio, a sua vida profissional, sem um vínculo formal de emprego. Mesmo nas profissões mais tradicionais, como as da área da saúde, muitos profissionais atuam hoje como prestadores de serviços", afirma.

As universidades podem estimular o empreendedorismo por meio de disciplinas específicas da área de negócios, palestras ou conteúdos inseridos em matérias tradicionais das graduações. Nos cursos de Relações Públicas e Publi­cidade e Propaganda da UniBrasil, os estudantes têm duas disciplinas voltadas para o gerenciamento de uma empresa: Administração e Empreendedo­rismo. No Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), precisam elaborar um projeto de criação de uma agência de comunicação. "O objetivo é formar um aluno que não pense só em ser funcionário, que pense também como gestor", explica a coordenadora dos cursos de Publicidade e Propaganda e Relações Públicas, Maria Paula Mansur Mader.

A Universidade Positivo (UP) lançou no início de 2008 a sua Escola de Negócios, espaço que reúne os cursos de Economia, Administração, Marketing, Con­tabilidade, Comércio Exterior e Turismo. Criada para reproduzir o ambiente empresarial, a escola organiza palestras com executivos de grandes companhias e oferece formação básica na área de negócios. "Nos dois primeiros semestres, todos os estudantes têm um rol de conhecimentos que dão suporte para quem busca empreender", explica o coordenador-geral da escola, Ale­xandre Daniel Rosa. Ao final da graduação, o aluno escolhe se deseja apresentar um projeto na área executiva, acadêmica ou com viés empreendedor. No último caso, precisa elaborar um plano de negócios.

Na prática

O aluno do segundo ano de Econo­mia na UP Lucas Pacífico, 19 anos, não vai esperar até o fim do curso para empreender. Em parceria com o pai, ele está abrindo uma empresa de rodas de skate. "Como o meu pai tem uma indústria plástica, vimos a oportunidade de fabricar rodas de skate. Ando de skate há uns dez anos e percebi que existem poucas marcas no Brasil. Com a falta de concorrência, os preços são muito altos, bem parecidos com os preços das marcas importadas", afirma. Além do empurrão dado pelo pai, ele diz que o estímulo para abrir a empresa veio de uma palestra organizada pela universidade. "Tivemos uma palestra com um dos fundadores do Buscapé, aquele site da internet. Ele era bem jovem e resolveu começar o negócio com alguns amigos. Pensei: por que eu também não posso?" E você, por que não começar a pensar no assunto?

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